terça-feira, 9 de abril de 2013


MP deflagra operação para combater fraudes em eventos festivos no RN

Procurador diz que investigação aponta para fraude de milhões de reais.
Segundo comandante, PM da apoio á operação Mascara Negra.


Policiais se concentram na sede dp Ministério Público em Natal (Foto: Jorge Talmon/Inter TV Cabugi)Policiais se concentram na sede do Ministério Público em Natal (Foto: Jorge Talmon/

O Ministério Público do Rio Grande do Norte deflagrou na manhã desta terça-feira (9) uma operação para combater supostas fraudes em licitações para contratações de bandas para eventos festivos no RN e em outros estados. Os mandados de busca e apreensão e de prisão são assinados pelo juiz da comarca de Macau, cidade a 180 quilômetros de Natal. A Polícia Militar dá apoio aos promotores no cumprimento dos mandados. A operação foi batizada Máscara Negra.
O procurador geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, confirma a operação, que é realizada simultanemante em várias cidades brasileiras. No RN, os mandados da Máscara Negra estão sendo cumpridos em Natal, Macau, Guamaré, Parelhas e Caraúbas.
A operação também foi confirmada pelo comandante geral da PM no estado, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva. "Nossas equipes estão na rua apenas para ajudar os promotores de Justiça no cumprimento dos mandados", falou o comandante.
O comando da operação Máscara Negra é da promotora Patrícia Antunes Martins, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).




'Jovem não queria mais se relacionar com PM', diz delegado de Patu, RN

Polícia investiga relacionamento amoroso entre PM e adolescente mortos.
Garoto foi assassinado a tiros e o suspeito do crime se matou em seguida.


Soldado Julimar Ferreira tinha 25 anos de corporação (Foto: Divulgação/PMRN)Soldado Julimar Ferreira tinha 25 anos
de corporação (Foto: Divulgação/PMRN)


O delegado de Patu, Sandro Régis, confirmou que a principal linha de investigação para o homicídio praticado pelo policial militar Julimar Alves Ferreira, de 45 anos, contra um adolescente em Patu, na região Oeste do Rio Grande do Norte, é a de que os dois mantinham um relacionamento amoroso. Segundo o delegado, "o adolescente não queria se relacionar com PM". O crime ocorreu na tarde deste domingo (7). O soldado, com 25 anos de corporação, se suicidou após ter matado o garoto a tiros.
Ainda de acordo com Sandro Regis, dois outros adolescentes serão ouvidos pela Polícia Civil da cidade. “Eles estavam com o menino na hora do crime. Os dois já foram identificados e vão à delegacia amanhã (terça-feira, 9) junto com os pais para contribuir com as investigações”, afirmou o delegado.
A arma utilizada pelo soldado para matar o adolescente e depois cometer o suicídio, “supostamente um revólver”, sumiu do local do crime, acrescentou o delegado. “Esse é um fator que a gente vai ter que apurar. Mesmo com o policial tendo se suicidado, ninguém diz nada. Isso dificulta as investigações. Mas, aos poucos, as informações vão aparecendo”, ressaltou Regis.

Soldado seria expulso

A capitã Miriam de Freitas Suassuna, comandante do Comando de Polícia de Patu, onde o soldado Julimar era lotado, disse ao G1 que o policial seria expulso da corporação. Ele já respondia por crimes como assalto. “O processo dele já estava quase concluído e ele já tinha conhecimento de que seria expulso da PM”, confirmou a capitã.
Quanto à suposta prática de pedofilia, a comandante relatou que nunca houve acusação formal contra o policial Julimar. “O pessoal comentava isso, mas até hoje ninguém acusou havia denunciado o soldado ao comando de Patu”, concluiu.

Entenda o caso

O soldado Julimar Alves Ferreira cometeu suicidou após matar um adolescente de 15 anos, segundo informações do comandante do 7º Batalhão da PM. O crime ocorreu por volta das 14h20 deste domingo (7) na zona rural do município. A prática de pedofilia pode ter motivado o homicídio, confirmou o tenente-coronel Romualdo Faria.
De acordo com o sargento Adonias Silva, o jovem foi perseguido pelo policial em uma estrada de barro. "Ele estava em uma moto tipo Traxx com outro rapaz em uma estrada carroçável, próximo ao local onde estava sendo realizado um evento de motocross quando o soldado o perseguiu", revelou.
Ainda de acordo com o sargento, o adolescente teria saltado da moto e se refugiado no matagal, onde foi encontrado pelo policial militar. O menor foi atingido por dois disparos nas costas e no rosto. Após o homicídio, o policial teria cometido o suicídio. A arma usada pelo PM, no entanto, não foi encontrada no local.
Para a polícia, a suposta prática de pedofilia pode ter levado o policial a cometer o crime. “Há comentários de que ele tinha a prática de pedofilia com alguns adolescentes. Mas não há nada confirmado”, concluiu o sargento Adonias. As investigações ficarão a cargo da delegacia de Polícia Civil de Patu.

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