sábado, 23 de março de 2013


Deputado evangélico vê maldição sobre África

Marcos Feliciano diz que episódio bíblico pode explicar tragédias também no Haiti e até no Brasil. E não teme ser visto como racista

Gabriel Castro
"Nós também recebemos o gene africano. Por isso, alguns lugares do Brasil são muito pesados"
O deputado federal Marcos Feliciano (PSC-SP) tem 38 anos, é pastor da Igreja Assembléia de Deus, comanda um instituto teológico e assumiu em 2011 seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados. Feliciano, que gosta de dizer que já pregou em mais de 60 países em 1.600 cidades, foi alçado à fama de forma torta, depois de afirmar, no Twitter, que os africanos são acompanhados por uma maldição desde os tempos de Noé. O parlamentar, no entanto, parece ter gostado da fama: "Isso foi bom para mim, deu visibilidade", disse ele ao site de VEJA. A seguir, a entrevista.

O senhor ficou surpreso com a reação ao que escreveu no Twitter? Com certeza. A princípio, eu nem acreditei no que eu estava lendo. Tentaram unir o que foi postado no meu Twitter ao caso do deputado Bolsonaro, que não tem nada a ver. A minha equipe é quem postou essa mensagem, mas eu assumo a responsabilidade. A pergunta que foi postada é de cunho teológico. Você conhece um pouquinho da Bíblia?

Sim. Então. Noé, ao ficar bêbado e nu, viu o filho mais novo rir dele. Quando voltou a si Noé jogou uma maldição sobre a descendência do filho. Ele chama o filho, Cão, e diz: “Maldito seja Canaan, seu filho”. Amaldiçoou o neto. A pergunta teológica é essa: por que é que Noé fez isso?

E por quê? É simples: aconteceu alguma coisa, que a Bíblia não deixa claro, que o deixou extremamente furioso. Não foi apenas o fato de o filho ter o visto nu. De Cão, veio (sic) Canaan e outros filhos que povoaram a Etiópia, ou o continente africano. Por isso sobre a África sempre repousam fome, tristeza e guerra de etnias. Alguns facínoras foram levantados lá, como Idi Amim, Jonas Savimbi, além do vírus Ebola, da Aids. O peso da maldição permanece.

Então o senhor foi vítima da onda causada pelas declarações do deputado Bolsonaro? Foi uma triste coincidência. O problema é que eu sou o deputado federal mais votado entre os evangélicos do Brasil: tive mais de 211 mil votos. Na primeira semana do nosso mandato, teve um deputado eleito pelo estado do Rio de Janeiro que defende a bandeira GL... não sei nem a sigla...

LGBT. O senhor fala do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ)?
Esse moço aí. Ele chamou a mídia e declarou guerra à bancada evangélica. Instigou os homoafetivos do Twitter a seguirem todos os da bancada evangélica. Eu recebo ameaças de mortes, palavrões, xingamentos. Quem divulgou isso foram eles. Apesar de ter sido bom para mim: me deu visibilidade. Eu era praticamente desconhecido. Hoje, toda a imprensa nacional me ligou e eu estou tendo a oportunidade de me apresentar.

O senhor não teme ser visto como racista? Não, porque não existem só negros na África. Há brancos na África do Sul. As pessoas não podem pensar assim, até porque eu sou descendente afro. Quem olhar para mim vai ver meu cabelo é crespo, meu nariz é largo.

Então a maldição vale para o senhor? Ela cabe ao continente africano.

Mesmo para um branco que more lá? Sim. É uma maldição espiritual, que recai sobre o continente. Mas eu conheço muitas pessoas de lá que entregaram a vida para Cristo e hoje vivem muito bem.

Existe alguma maldição sobre nós, brasileiros? Isso é difícil. Mas nós também recebemos o gene africano. Por isso, alguns lugares do Brasil são muito pesados. Todas as cidades, especialmente as de beira-mar, que tiveram entrada de escravos.

Quando o Haiti foi atingido pelo último terremoto, o embaixador do país no Brasil chegou a dizer que o vodu era a causa da tragédia. O que o senhor acha? Ele tem conhecimento bíblico. Pegue todos os lugares onde você vê acontecer essas misérias. Quais deles se segue o monoteísmo, o Cristianismo? Geralmente essas desgraças acontecem em lugares desse jeito. Quem já foi à Índia sabe a miséria que é. Eles têm milhares de deuses, adoram de uma barata a uma árvore. O continente africano tem com a bruxaria e o vodu, como o Haiti.

Então tudo se explica por essa análise? O terremoto do Japão, por exemplo? O deus japonês não é um deus cristão. É Buda, ou outros deuses. Analise em outros lugares e você vai ver.

O senhor não gostou de ser comparado com o deputado Jair Bolsonaro? Se o que dizem que ele falou é verdade, eu repudio completamente. Sinto nojo de qualquer tipo de preconceito, racismo, retaliação com minorias. Até porque eu faço parte de uma minoria: os evangélicos.

Mas concorda com ele sobre os gays? Se Deus, que é Deus, não se mete na vida de ninguém, quem sou em para me meter? Todavia, que eles pratiquem o que quiserem praticar na vida deles, não tragam isso para os olhos dos meu filhos, para o meio da sociedade. Não quero ver na rua um homem beijando outro homem.

O senhor é da base da presidente Dilma. Não acha que essas declarações podem lhe criar problemas? Não, porque isso é insignificante. Só se alguém quiser fazer maldade. Você é uma pessoa esclarecida, eu te dei os pontos e mostrei que é apenas uma questão teológica.

Não é uma visão muito ligada ao Velho Testamento, que já teria sido superada? Tudo o que nós herdamos, herdamos do Velho Testamento. Aí vem Jesus e faz tudo novo. Mas o homem tem que aceitar Jesus como salvador. O velho testamento é o antigo pacto. O antigo pacto é quebrado com o novo.

Então a maldição serve para os africanos, coletivamente, mas, individualmente, cada africano pode ser salvo?
Claro. E se Deus abençoar um dia e o líder do país confessar sua fé num único Deus, o país todo é livre, porque ele é autoridade máxima do país.


Vinde a mim os eleitores: a força da bancada evangélica no Congresso

A confusão envolvendo o deputado-pastor Marco Feliciano expôs a atuação dos parlamentares ligados a igrejas evangélicas. E eles vieram para ficar

 
Deputados durante momento de oração
Parlamentares evangélicos em momento de oração (Saulo Cruz/Agência Câmara)
 
"O Senhor disse que aqueles que querem viver piedosamente serão perseguidos. Estamos vivendo um ensaio daquilo que ainda virá com mais intensidade contra os cristãos". Com o colarinho desabotoado, terno e gravata escuros e camisa branca, o pastor Henrique Afonso (PV-AC) faz um alerta às pessoas que acompanham sua pregação na manhã da última quarta-feira. O local: o plenário número dois das comissões da Câmara dos Deputados. O público: oito deputados federais e trinta servidores do Congresso.
O culto ocorre semanalmente. Os parlamentares-pastores fazem um rodízio. A cada semana, uma dupla divide a direção do serviço e a pregação do dia. Na última quarta-feira, o sermão de Henrique Afonso estava relacionado à tensão gerada pela eleição de Marco Feliciano (PSC-SP), pastor da Assembleia de Deus, para a presidência da Comissão de Direitos Humanos. O deputado enfrenta resistência por afirmar que a união de pessoas do mesmo sexo é condenável e dizer que os africanos são vítimas de uma maldição dos tempos bíblicos. O caso apontou os holofotes para a atuação da bancada evangélica no parlamento. Em parte pelos próprios defeitos, em parte pela incompreensão dos adversários políticos, esses parlamentares têm ganhado espaço cada vez maior no debate político nacional. E os sinais são de que eles vieram para ficar.
A presença de evangélicos na política – assim como a de católicos ou espíritas – não é novidade. Partidos de inspiração cristã existem em países como Suíça, Inglaterra e Holanda sem que isso signifique qualquer ameaça à democracia. A mulher mais poderosa da Europa, a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, pertence à tradicional União Democrata-Cristã de seu país. A mesma Alemanha tem como presidente o independente Joachim Gauck, um conhecido pastor luterano. O maior partido do Parlamento Europeu, o European People's Party, é composto fundamentalmente por democratas-cristãos. Assim como os cultos na Câmara dos Deputados, a realização de eventos religiosos no Congresso dos Estados Unidos é comum desde a época de Thomas Jefferson. O movimento abolicionista surgiu na Inglaterra, organizado por um grupo de doze protestantes. A campanha dos direitos civis nos Estados Unidos teve como líder o pastor batista Martin Luther King.

Frente Parlamentar Católica?


  1. Ao contrário dos evangélicos, os parlamentares católicos não compõem uma frente parlamentar. Mas a bancada se organiza informalmente. Entre os deputados que pertencem à Igreja, os mais ativos são os ligados ao movimento da Renovação Carismática – um equivalente ao movimento pentecostal nas igrejas protestantes. Apesar de não se organizarem em um grupo oficial, os católicos são os criadores da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e contra o Aborto, presidida pelo deputado Salvador Zimbaldi (PDT-SP). O grupo, engrossado por evangélicos, conta com 220 deputados e doze senadores.
Em Brasília, chama a atenção a atuação organizada desse grupo de parlamentares que, apesar de pertencerem a partidos diferentes, se articulam na defesa de suas bandeiras. E elas costumam ser mais contra do que a favor: contra a legalização do aborto, o casamento gay, a eutanásia e a liberação das drogas. A favor, basicamente, da ampla liberdade religiosa. No total, os evangélicos representam 14,2% dos deputados e 5% dos senadores.
A bancada evangélica também não foge à regra do Congresso Nacional quando o assunto são denúncias de corrupção. Dos 73 integrantes na Câmara, 23 respondem a processo no Supremo Tribunal Federal (STF). Há acusados de corrupção, peculato (desvio praticado por servidor público), crime eleitoral, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e estelionato. Há até um condenado a prisão que pode ir para a cadeia em breve: Natan Donadon, que tem pena de treze anos e quatro meses a cumprir.
Outro ponto delicado é a legitimidade do uso de fiéis como plataforma política. São muitos os indícios de que alguns deputados evangélicos utilizam os seguidores como massa de manobra. Na última quarta-feira, em meio à turbulência envolvendo a Comissão de Direitos Humanos, Anthony Garotinho (PR-RJ) dava conselhos a Marco Feliciano no plenário da Câmara e sugeria que o colega renunciasse à presidência do colegiado. Ex-governador do Rio, Garotinho foi direto: "O que você tinha que capitalizar no meio evangélico, já capitalizou".
"Todos os partidos têm buscado, de uma maneira geral, ter evangélicos nos seus quadros, porque é um segmento substantivo do eleitorado brasileiro. Essas religiões estão crescendo, e é claro que há interesse como massa eleitoral", diz o cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB) João Paulo Peixoto. Ele também afirma que os parlamentares evangélicos, se não são melhores do que a média, não fogem à regra dos colegas de Congresso: "Os evangélicos não estão acima do bem e do mal. Embora tenham uma pregação rígida dos valores morais, há também um outro lado que diz respeito à própria condição humana", afirma.
O deputado João Campos (PSDB-GO), pastor da Assembleia de Deus e presidente da Frente Parlamentar Evangélica, reconhece que os desvios éticos prejudicam a imagem dos parlamentares da frente: "Se tiver um processo de corrupção, é claro que incomoda. A exposição negativa pode prejudicar, mas acho que faz parte do processo".
Histórico – A Frente Parlamentar Evangélica foi criada em 2003. Três anos depois, o Congresso foi atingido por um escândalo que colocou os evangélicos em evidência da pior forma possível: a Máfia das Sanguessugas, que desviava emendas parlamentares e abastecia os bolsos de deputados e empresários, envolveu 23 integrantes da bancada. Desses, dez eram da Igreja Universal do Reino de Deus e nove pertenciam à Assembleia de Deus. Talvez por isso, os deputados ligados a essas igrejas perderam espaço nas eleições de 2006. A recuperação nas urnas ocorreu em 2010 com a renovação dos quadros políticos. Hoje, representantes da Assembleia de Deus – que tem diversas ramificações e não possui comando único, como é o caso da Igreja Universal – são os mais numerosos.
Além dos deputados, quatro senadores compõem o time evangélico no Congresso. A maioria desses 77 parlamentares pertence à base da presidente Dilma Rousseff. Mas, como algumas bandeiras relacionadas ao aborto e ao casamento de pessoas do mesmo sexo não são prioridade na pauta dos partidos de oposição, os evangélicos acabam ocupando uma função dúbia: apoiam o governo em temas econômicos e de assistência social, mas divergem abertamente quando o Executivo quer, por exemplo, distribuir o "kit-gay" nas escolas primárias ou relaxar as penas para traficantes de drogas.
A parceria com um governo petista é especialmente contraditória porque o partido tem como resolução oficial a legalização do aborto e a defesa das bandeiras do movimento gay. O autor do sermão da última quarta-feira no culto da Câmara sabe bem disso. Henrique Afonso, que é presbiteriano, foi integrante do PT até 2009, quando acabou punido por não abrir mão da oposição ao aborto. Luiz Bassuma, espírita, também deixou a sigla e foi parar no mesmo PV.

"Nós tínhamos uma cláusula de consciência quando eu entrei no PT, e isso me garantia a expressão da minha cosmovisão", explica Afonso. "A partir do momento em que tiraram essa cláusula de consciência e passaram a defender explicitamente a descriminalização do aborto e outras matérias associadas à bioética, eu tive de ter um posicionamento contrário."
Afonso e Bassuma entraram no PV porque, na época, a sigla tinha como expoente a ex-senadora Marina Silva, também evangélica. Agora, ela pretende formalizar o seu novo partido, a Rede, para disputar as eleições presidenciais de 2014. É pouco provável que o projeto seja bem-sucedido. Mas, se funcionar, Marina será a primeira representante das igrejas protestantes a chegar ao poder máximo.

Estado laico – Anthony Garotinho, um dos expoentes da bancada, afirma que a laicidade - separação do poder político e administrativo da religião - do estado é uma bandeira dos protestantes. "O que não pode é misturar a sua fé com a laicidade do estado", diz. O ex-governador do Rio de Janeiro é um curioso caso de político que mudou de eleitores ao longo da carreira: até 1994, quando se converteu e passou a integrar a Igreja Presbiteriana, ele se definia como marxista. Embora possa parecer contraditória, a defesa da laicidade é uma bandeira antiga dos deputados evangélicos. Antes de temas como a união de pessoas do mesmo sexo ganharem espaço no Congresso, um dos principais alvos dos protestantes eram a Igreja Católica, que eles viam como privilegiada pelo poder público.
A presença dos evangélicos no Congresso é apenas o resultado de uma realidade demográfica: o rápido crescimento das religiões evangélicas, especialmente as pentecostais, deve resultar em uma consolidação da presença de pastores protestantes no poder. A bancada evangélica, aliás, permanecerá em evidência nos próximos dias. A pressão para que Marco Feliciano deixe a presidência da Comissão de Direito Humanos continua crescendo. Ele diz que não abrirá mão do cargo. Mas, se isso acontecer, os parlamentares de partidos de esquerda que protestam contra o pastor não devem ficar muito animados: os deputados evangélicos permanecerão sendo maioria na comissão. Sinal de novos tempos no Congresso.

Lincoln Portela (PR-MG)

Lincoln Portela: imagem de moderado
Lincoln Portela é pastor da Igreja Batista Solidária, em Belo Horizonte. Entre 2011 e 2012, ele ocupou a liderança do PR na Câmara e chegou a levar sua bancada para uma posição de independência em relação ao governo federal - antes de retornar à base aliada. Hoje, Portela é presidente da Comissão de Legislação Participativa da Câmara. O parlamentar tenta construir a imagem de moderado e diz que a união entre representantes das diferentes igrejas só ocorre quando há temas consensuais "O grupo evangélico não tem um representante legal, como o papa na Igreja Católica", afirma. Portela responde, no Supremo Tribunal Federal, pelo crime de fraude em licitação.

João Campos (PSDB-GO)

Delegado e pastor: João Campos comanda a bancada evangélica
Delegado de polícia e pastor da Assembleia de Deus, o presidente da Frente Parlamentar Evangélica é o autor de um projeto que causou controvérsia porque, na prática, defende a possibilidade da "cura gay": Campos quer que o Conselho Federal de Psicologia pare de punir profissionais que tratam o homossexualismo como transtorno. Além de comandar a bancada evangélica, o tucano é também o primeiro-vice-líder do PSDB na Câmara. Na Casa, João Campos não se comporta de forma tão estridente quanto Anthony Garotinho. Mas sempre marca presença quando há conflitos envolvendo parlamentares ligados às igrejas protestantes.

Anthony Garotinho (PR-RJ)

Garotinho: Ex-governador, ex-candidato à Presidência e ex-marxista
O deputado federal e ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR-RJ) carrega um significativo eleitorado protestante. Nas eleições de 2002, angariou mais de 15 milhões de votos, destacando-se como o primeiro evangélico de peso a sair candidato à presidência da República. Ele faz jus ao apoio de seus irmãos de fé. No ano passado, Garotinho anunciou que a bancada evangélica bloquearia as votações no plenário da Câmara dos Deputados até que o ministro Gilberto Carvalho se retratasse por ter se posicionado contra os evangélicos. O deputado chegou a derrubar uma sessão da Câmara, com uma manobra regimental, antes que o petista se desculpasse. Membro da Igreja Presbiteriana, o parlamentar tem um histórico negativo na política: é investigado em quatro inquéritos pelo STF. Em 2010, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro o tornou inelegível por uso indevido de meios de comunicação.


Magno Malta (PR-ES)

Magno Malta (PR-RJ): ataques a ministro
Mais influente senador da Frente Evangélica, Magno Malta (PR-ES) não raro parece confundir a função de pastor da Igreja Batista com a de parlamentar. No plenário, ele usa a tribuna para citar trechos da Bíblia mesmo quando o assunto em pauta nada tem a ver com religião. Nesta quinta-feira, também criticou a proposta do Conselho Federal de Medicina de legalizar o aborto até a 12ª semana – Malta classificou a medida como a promoção da “morte em série no país”. O senador bate de frente até com o alto do escalão do governo. Quando o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou que os evangélicos conservadores “têm uma visão do mundo controlada por pastores de televisão”, Malta chamou Carvalho de "safado", "mentiroso" e "camaleão". O senador é investigado pelo STF por crime eleitoral.


Cunha: influente no Congresso e enrolado na Justiça
Líder do PMDB, a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, o deputado Eduardo Cunha (RJ) é conhecido por ser um bom articulador: negocia cargos e liberação dos recursos de emendas dos parlamentares. Cunha ajudou a levar o polêmico pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à presidência da Comissão de Direitos Humanos, ao ceder vagas de seu partido ao PSC. A questão religiosa por vezes o sobressalta. O deputado-pastor criticou a ministra de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, devido ao seu posicionamento favorável à legalização do aborto e à união homossexual. “A nomeação da abortista sodoministra foi um desastre para a imagem do governo. Lamentável mesmo”, disse, por meio do Twitter. Atualmente, Cunha é réu de ação penal do STF por falsificação de documentos. Além disso, é investigado por sonegação de impostos.

Nenhum comentário: