domingo, 28 de julho de 2013




Líderes de organizadas do RN criticam preconceito com as torcidas


Eles afirmam que sociedade, imprensa e até mesmo a polícia generalizam quando o assunto é violência.



 
É comum ver no noticiário policial mortes associadas à briga entre torcidas e, geralmente, nesses casos, os integrantes das torcidas organizadas acabam sendo citados ou apontados como autores de crimes. Porém, de acordo com os líderes das principais torcidas organizadas do Rio Grande do Norte, existe um preconceito e generalização quando o assunto é violência.

A reportagem  conversou com o presidente da TGA, hoje chamada de Torcida Garra Alvinegra, bem como com o atual presidente da TMV, que também teve sua nomenclatura mudada para Tradição, Motivação e Vibração. Os dois afirmam que as organizadas buscam, na verdade, proporcionar benefícios para os torcedores e, de maneira alguma, existe incentivo à violência.

José Weverton dos Santos, que está como presidente temporário da TMV, explica que ingressou na torcida ainda criança e que muitas famílias integram a organizada. “Nossa torcida, ao contrário do que muitos pensam, tem um ambiente altamente tranquilo, inclusive, somos cadastrados no Ministério Público e temos relacionamento direto com a Polícia Militar e até mesmo com a diretoria da outra torcida, sempre buscando o que melhor para os torcedores”, destaca.

O mesmo é dito por Cristiano Francisco, presidente da TGA há um ano e meio. Ele reforça, inclusive, que há alguns anos, justamente para evitar a relação com a violência, as duas torcidas mudaram as nomenclaturas e retiraram os nomes Gang e Máfia. “Hoje, nós temos uma sede própria, na qual recebemos nossos associados que vêm aqui para comprar um material na lojinha ou para comprar ingressos e também para as reuniões que fazemos periodicamente”, comenta.

 

 

Tanto Cristiano como José Weverton são categóricos em afirmar que os integrantes das torcidas que realmente são associados se preocupam em zelar pelas organizadas, bem como se preocupam com os clubes que representam. “O camarada que veste uma camisa falsificada, por exemplo, eu nem considero torcedor. Nós mesmos, dentro da TMV, pregamos que só entra na sede ou só acompanha o time se tiver usando tudo original, pois isso é o que alimenta tanto a torcida como o clube”, afirma Weverton.

Já Cristiano Francisco ressalta que as torcidas organizadas acabam sofrendo com um problema que ele intitula “modinha”. “Muitos jovens nem sabe como funciona a organizada, mas acha bonito dizer que é da TGA, por exemplo, compra uma camisa e sai por ai, geralmente, dentro dos próprios bairros, dizendo que é da torcida sem ser. Isso nos gera muito problema, pois quando acontece alguma coisa, as pessoas associam logo à briga de torcidas”.

O presidente da TGA cita como exemplo um caso recente envolvendo duas adolescentes. Uma de 12 anos matou outra de 16. “Chegaram a associar as duas como integrantes da TGA e da TMV, porém, a gente e a diretoria da outra torcida nem mesmo conhecíamos essas meninas. Elas jamais foram integrantes das organizadas. Ou seja, as pessoas generalizam justamente pelo preconceito que têm com as torcidas. É muito mais fácil colocar a culpa na gente do que cobrar da polícia uma investigação”, desabafa Cristiano Francisco

Apesar disso, Cristiano e José Weverton reconhecem que parte do preconceito é fruto do próprio histórico de violência envolvendo torcedores. Os dois lembram que, no passado, realmente, houve confrontos e até mortes entre integrantes, mas que, atualmente, a maioria dos casos em que são citadas as torcidas os envolvidos não são sócios das organizadas.

“O que a gente observa é que muita gente que se diz da TGA ou da TMV e, na verdade não são, mas que tem envolvimento com drogas e acabam morrendo por causa do tráfico. Mas como eles sempre dizem que são das organizadas, as pessoas acabam associando a morte à briga entre torcidas”, comenta José Weverton.

As duas torcidas organizadas, que representam ABC e América-RN, além na área do futebol, também costumam realizar ações sociais, como doações de cestas básicas para instituições carentes e também doações de brinquedos e roupas para crianças de comunidades carentes. “Isso ninguém mostra. As pessoas nos julgam como marginais, mas, na verdade, muita gente não conhece nosso trabalho”, completa Cristiano Francisco.









Em 24 horas, ITEP de Natal registra 13 mortes por armas de fogo


Entre essas mortes estão dois casos de duplo homicídio.


 
Mulher foi uma das vítimas em duplo homicídio na cidade de Santo Antônio.
O Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) registrou, em um intervalo aproximado de 24 horas, 13 mortes por amas de fogo, até o início da manhã deste domingo (28). Seis delas aconteceram em Natal, outras três em Macaíba, duas em Parnamirim e outras duas em Santo Antônio do Salto da Onça, onde um casal foi assassinado, na noite deste sábado (27).

De acordo com os registros do ITEP, deram entrada na unidade, neste sábado, os corpos de Marcos Aurélio do Nascimento, de 24 anos, morto no bairro de Nazaré, bem como os dois jovens de 18 anos assassinados na feira livre de Macaíba. Eles foram identificados como Luciano Felix da Silva e Madson Pinheiro Siqueira Felix, este último vítima de bala perdida.

Ainda na noite do sábado, a polícia registrou o assassinato de um homem não identificado, na rua 31 de março, na Vila de Ponta Negra. Na cidade de Macaíba, João Porfirio Lima Neto, de 19 anos, foi morto em via pública (Veja matéria). Já em Parnamirim, um homem identificado Jadson Felicino Ramos, de 28 anos, também foi morto a tiros, na rua das Oliveiras, no Parque das Árvores.

Mulher assassinada
Ainda no município de Parnamirim, já na madrugada deste domingo (28), o ITEP registrou a morte de Lucineide Maria Dantas de Queiroz, de 31 anos. A mulher foi morta a tiros, na rua Manoel de Oliveira Bulhões, no bairro de Santos Reis. Ela estava em via pública quando foi atingida pelos disparos e morreu.

Casal executado
Na cidade de Santo Antônio do Salto da Onça, a polícia registrou um duplo homicídio. Um casal foi executado no bairro do Carmo. A mulher foi identificada como Suenia Janaina Mascena do Vale, de 26 anos. Já o homem morto ainda não foi identificado. Pelas características do crime, a polícia acredita que os dois tenham sido vítimas de acerto de contas pelo tráfico de drogas.

Cidade Nova
Também um duplo homicídio foi registrado no bairro de Cidade Nova, zona Oeste de Natal. Dois homens, sendo um deles não identificado, foram mortos a tiros, na rua dos Pinheiros. Um dos mortos foi identificado como Leonardo Rodrigues Veras, de 29 anos.

Mortes no Jardim Progresso
No Jardim Progresso, na zona Norte de Natal, foram registrados duas mortes, mas em horários distintos. Uma delas aconteceu durante a madrugada deste domingo, na travessa Rosário do Oeste, onde Pedro de Lima Silva, de 27 anos, foi assassinado a tiros. Já no início da manhã, por volta das 7h50, um adolescente de 16 anos, identificado como Wellington Alexandria da Silva foi executado na mesma localidade. Neste caso, dois homens chegaram chamando por ele em casa e, ao abrir a porta, o adolescente foi surpreendido com os disparos.








Macaíba contabiliza terceiro homicídio em menos de 24 horas


Pela manhã, dois morreram em feira livre e, à noite, jovem foi morto a tiros.




 
Depois de um atentado na feira livre, durante a manhã, deixando dois mortos, a cidade de Macaíba voltou a registrar um caso de homicídio. Por volta das 21h deste sábado (27), um jovem foi executado por dois homens, quando caminhava em via pública, na rua Olinto Maciel.

O rapaz, identificado como João Porfirio Lima Neto, de 19 anos, morava na própria cidade de Macaíba e foi morto com vários tiros. Os dois homens que praticaram o assassinato estavam em uma motocicleta, cujo modelo e placas não foram identificadas.

De acordo com a polícia, João Neto, como era conhecido o jovem, já esteve preso por porte ilegal de arma. No local do crime, os policiais não conseguiram colher muitas informações sobre os criminosos. Diligências ainda foram realizadas, no entanto, nenhum suspeito foi preso.






Corpo é encontrado em falésias na Via Costeira


Suspeita é que morador de rua tenha caído e morrido no local.


 
O corpo de um homem ainda não identificado foi encontrado entre falésias, próximo à área de hoteis, na Via Costeira de Natal. De acordo com a polícia, a suspeita é que ele tenha caído, no entanto, não está descartada a possibilidade de homicídio, tendo em vista que foi observado um ferimento na cabeça da vítima.

Ainda segundo o que foi levantado pela polícia, existe a suspeita do homem morto ser um morador de rua que constantemente era visto na região. Inclusive, próximo ao local onde o corpo foi encontrado, era possível ver uma pequena fogueira feita de materiais recicláveis.

A ocorrência foi atendida por policiais da Companhia de Turismo, que tentaram colher mais informações no local, porém, não encontraram nenhuma testemunha do que pudesse ter acontecido. O corpo foi levado para o Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP), onde passará por necropsia e aguardará identificação.

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