quarta-feira, 10 de julho de 2013












Briga entre petistas cancela reunião do grupo sobre reforma política


BRASÍLIA — Uma guerra de egos está movimentando o novo grupo da reforma política criado pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e já provocou a suspensão da instalação do grupo e a primeira reunião que estava convocada para a tarde desta quarta-feira. O PT indicou para integrar o grupo o deputado Henrique Fontana (RS), relator da reforma política desta legislatura. Mas o presidente Henrique Alves indicou o deputado petista Cândido Vaccarezza (SP) para coordenar o grupo. Segundo petistas, isso incomodou Fontana, que queria ser o relator e conduzir o processo da reforma.
Em plenário, petistas admitem que o desentendimento entre os dois está grande e que é preciso encontrar uma solução para o problema. Líder do PT, José Guimarães (CE) disse que vai tentar uma solução até a próxima segunda-feira à noite, na reunião da coordenação da bancada:
— Vou dialogar até segunda à noite com os dois para buscar um entendimento. Aqui é 24 horas de bastidor e meia hora para publicizar o acordo e vou fazer isso na segunda-feira.
Henrique Alves admite o problema e tenta contornar a situação, minimiza o desgaste que isso poderá provocar e afirma que a reforma política será votada pela Casa.
— Houve um curto-circuito e já suspendi a instalação dos trabalhos porque uma comissão que quer resolver não pode começar não resolvendo ela própria. Já transferi para a próxima semana para que unifique o PT. Até a próxima semana vamos chegar a um entendimento. Tem que ser unido, dedicação quase exclusiva. E vai votar, sim, o projeto de reforma politica.
Nos bastidores petistas dizem que Fontana foi indicado pelo bancada e Vaccarezza estaria se impondo com o apoio dos outros partidos. Os aliados de Vaccarezza argumentam que Fontana não foi capaz, nos últimos dois anos, de unificar os deputados em torno de sua proposta e não teria como conduzir os trabalhos no novo grupo. Nos últimos dias, desde que a presidente Dilma Rousseff propôs o plebiscito para reforma política, Fontana vinha tentando ser indicado como relator da proposta.
— O Fontana, como relator da reforma política, tem a legitimidade e é reconhecido por nós, da bancada, como alguém que deve conduzir o processo _ afirmou o deputado Paulo Pimenta (RS).
O estremecimento entre os dois deputados do PT começou no dia em que a reforma política defendida por Fontana foi enterrada na reunião de líderes e Vaccarezza propôs, ganhando o aval de líderes partidários, a votação de um projeto com modificações nas regras eleitorais. Vaccarezza ainda trabalha para aprovar o projeto da reforma eleitoral em plenário.
Para o vice-líder do PMDB, Marcelo de Castro (PI), que integra o grupo, é preciso chegar a um entendimento em nome do interesse maior, que é o de aprovar a reforma política:
— Não está na hora dos egos, mas dos entendimentos — disse Castro.
O grupo é formado por 13 integrantes: Marcelo Castro (PMDB-PI), Marcus Pestana (PSDB-MG), Guilherme Campos (PSD-SP), Espiridião Amin (PP-SC), Luciano Castro (PR-RR), Rodrigo Maia (DEM-RJ), Júlio Delgado (PSB-MG), Miro Teixeira (PDT-RJ), Antonio Brito (PTB-BA), Leonardo Gadelha (PSC-PB), Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), Sandro Alex (PPS-PR) e o relator da reforma política, deputado Henrique Fontana (PT-RS).







Juizo é bom
  Redação     


O plebiscito morreu, viva a reforma política. Se tiverem juízo, os políticos não darão por encerrado o assunto e tratarão de alcançar um consenso, inatingível nos anos anteriores, para reformar os sistemas eleitoral e partidário hoje vigentes, que favorecem o distanciamento entre o eleitor e o eleito, dando a sensação ao cidadão de que não está representado pelo Congresso e os partidos que nele atuam.

É verdade que essa não é a principal reivindicação das ruas, pareceu apenas à presidente Dilma a mais simples resposta para acalmar os insatisfeitos, transferindo para nosso sistema representativo as culpas que deveria pelo menos dividir. Independem do Congresso a melhoria da gestão do dinheiro público e a eficiência do infindável ministério, embora a distorção do sistema de presidencialismo de coalizão esteja na raiz de nossos problemas.

O Congresso, tão alvejado justamente por críticas quanto ao seu comportamento, não tem mais tempo para adiar reformas de hábitos e costumes no fundo antidemocráticos, e embora tenha razão em recusar a realização de um plebiscito sobre a reforma política, tem a obrigação de promovê-la, sob pena de se autonomear o responsável pelo emperramento das mudanças exigidas pela cidadania nas ruas do país.

Um exemplo claro é o fim de eleições secretas. Existem ocasiões em que é importante que haja votação secreta, para apreciação de temas em que o político pode ficar exposta a pressões externas e do próprio Executivo. Mas eleição para as presidências das duas Casas, e das respectivas comissões, deveriam ser abertas, e para tanto basta mudar os regimentos internos.]

Há ainda o perigo de o PT tentar jogar as ruas contra os políticos, para recuperar sua hegemonia popular, mas aí estará cometendo um suicídio político que dificultará ainda mais as alianças que terá que montar para a eleição de 2014, tanto a nível nacional quanto para as eleições estaduais.

A queda de popularidade da presidente Dilma produziu um efeito imediato: o rancor que os políticos de sua própria base nutriam pela “soberana” encontrou liberdade para se revelar, sem receio de retaliação. Há também nessa miscelânea partidária, que nunca respeitou programas partidários, mas se nutre com os regalos do poder, os baderneiros que, a exemplo dos das manifestações com televisões e computadores, se aproveitam do momento para saques aos cofres da União, aumentando o preço de seu apoio político.

O governo está neste momento à deriva e exposto à fome insaciável de nacos do poder de uma parte ponderável de sua base aliada, que ao mesmo tempo em que raspa o tacho, se oferece para os adversários, na percepção de que a sucessão presidencial está zerada.

Se o governo cair na esparrela de querer disputar nas ruas a hegemonia dos movimentos sociais, pode dar com os burros n’água, como já aconteceu nas primeiras manifestações. Mas pode também criar uma crise institucional. A situação da presidente Dilma é bastante delicada neste momento, pois as medidas que deveria tomar para tentar readquirir o controle da situação exigem sacrifícios que ela não está disposta a assumir, especialmente por que os eleitores estão prestes a ganhar o poder do voto nas urnas.

A antecipação da corrida presidencial, se durante um período foi importantes para fixá-la como a candidata oficial do PT à reeleição, paralisou seu governo e aumentou o período de campanha, antecipando as reivindicações dos políticos aliados para a formação de coligações que definem o tempo de televisão para a propaganda eleitoral.

Quando tudo parecia congelado eternamente, com a presidente franca favorita, essa pressão ainda era controlável, pois ela estava dando as cartas. Agora, a rejeição ao estilo autoritário da presidente encontra terreno fértil para vingar, e as negociações de bastidores correm soltas.

O PMDB, parceiro oficial na coligação, perdeu o controle de suas próprias bases, especialmente devido à atuação de seu líder Eduardo Cunha, a quem o vice Michel Temer prometeu controlar. A presidente Dilma já sabe que ele é incontrolável, assim como o PMDB em tempos de crise.

Já parece impossível manter a unidade do PMDB no apoio à reeleição de Dilma, tendo o partido voltado ao seu estado anterior: cada seção regional decide o melhor caminho.

postado por Juraci Ferreira

 


Dilma anuncia R$ 15,3 bilhões para municípios, mas é vaiada


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A presidente Dilma Rousseff participa da XVI Marcha dos Prefeitos em Brasília, ao lado de Paulo ZIlcowski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios
Foto: André Coelho / Agência O Globo
A presidente Dilma Rousseff participa da XVI Marcha dos Prefeitos em Brasília, ao lado de Paulo ZIlcowski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios André Coelho / Agência O Globo
BRASÍLIA - Embora tenha anunciado, nesta quarta-feira, o repasse de R$ 15,3 bilhões para os municípios, destinados a projetos e obras nas áreas de saúde e educação, a presidente Dilma Rousseff foi vaiada na marcha dos prefeitos, organizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). Na marcha do ano passado, a presidente também foi vaiada, ao dizer que qualquer mudança na distribuição dos royalties do petróleo não valeria para contratos em vigor.
— Estes vários anúncios estão unificados em uma certeza que o Brasil só pode ir para a frente se nós estivermos juntos e para estarmos jun tos é preciso uma federação forte — disse a presidente.
Dilma prometeu R$ 3 bilhões de ajuda aos municípios para custeio da saúde e da educação, que serão transferidos em duas parcelas — em agosto deste ano e abril de 2014. Também disse que vai aumentar o repasse do Programa de Atenção Básica (PAB), o que representará mais R$ 600 milhões ao ano. A presidente disse que serão repassados mais R$ 4 mil ao mês por equipes de saúde, o que custará R$ 3 bilhões. Outros R$ 5,5 bilhões para ampliar a rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo Dilma, 11.800 postos serão ampliados, outros seis mil construídos e mais 225 UPAs. Na área de educação, R$ 3,2 bilhões para construir 2.000 creches.
O anúncio feito por Dilma, no entanto, não agradou de cheio os prefeitos que cobraram aumento dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios. Muitos prefeitos fizeram sinal de negativo no fim do discurso da presidente. O FPM é formado por 23,5% da arrecadação do Imposto Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Os prefeitos querem o aumento de dois pontos percentuais nesse índice.
— O tema da nossa marcha é o desequilíbrio financeiro dos municípios. Não é da senhora. Vem de décadas — disse o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, que também foi vaiado, depois do discurso de Dilma.
— Até parece que somos uma manada irracional. O companheiro ali está histérico. Ouve, por favor — gritou Ziulkoski, ao retornar ao palco.
— Eu não saio contente. Vocês acham que estou contente? Mas para que vaiar? O que vamos arrumar? Vamos pensar na eleição ou vamos pensar na nossa gestão? Não é o que queremos, mas foi o possível. Se não for assim, não vinha nada — completou Ziulkoski, desta vez, sendo aplaudido.
Ziulkoski explicou que os R$ 3 bilhões para custeio anunciados pela presidente representam 1,3% do FPM. Ele reconheceu que a medida é temporária e afirmou que continuará lutando pela mudança do índice.
Dilma anunciou também que o governo vai ampliar o programa Minha Casa Minha Vida para municípios com menos de 50 mil habitantes.





Saúde

Dias frios aumentam dores no corpo e risco de doenças mais graves

Temperatura baixa deixa os vasos sanguíneos mais contraídos.
Para prevenir doenças e dores no corpo, exercício físico é a melhor solução.




As temperaturas baixas desta época do ano prejudicam o corpo, aumentam as dores e o risco de doenças mais graves, como infarto e derrame, porque os vasos sanguíneos ficam mais contraídos. Para evitar complicações na saúde, mesmo com o frio, é importante não abandonar a vida saudável e praticar atividades físicas regulares.

O professor de educação física, Eduardo Neto, conta a principal queixa das pessoas durante o inverno: “Principalmente aquelas dores de origem reumática, porque a musculatura do tecido fica mais sensível e aí piora o quadro por causa do frio”.

O sangue circula no corpo de maneira diferente no verão e no inverno. No calor, os vasos dilatam, ou seja, se abrem mais e, no frio, ao contrário, eles se contraem para reter o calor. É aí que está o perigo. “Aumenta o risco de enfarte e de derrame, porque o coração está trabalhando mais. A estatística dá um total de 20% a 30% de aumento nesta época de frio”, explica o cirurgião vascular Carlos Eduardo Virgini.
A orientação dos médicos é praticar exercícios, pelo menos, por meia hora por dia. Veja no vídeo acima dicas de exercícios para evitar dores. Além disso, é preciso vencer algumas tentações do inverno: comidas mais gordurosas e o maior consumo de bebidas alcoólicas. "Isso, na verdade, são fatores de risco que a gente controla ao longo da nossa vida para se manter saudável, não só no frio, no calor também", orienta o médico.

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