12/07/2013 19:29
Procon do RN registra 1ª ação contra empresa de marketing multinível
Divulgador da BBom reclama que não recebeu pagamento prometido.
Empresa teve bens bloqueados pela Justiça Federal de Goiás.
O Procon do Rio Grande do Norte abriu nesta quinta-feira (11) sua
primeira ação administrativa envolvendo uma empresa de marketing
multinível. A queixa foi registrada contra a BBom, empresa que faz
recrutamento de pessoas para a venda de rastreadores veiculares em todo o
país. O reclamante pediu para não ser identificado. Contudo, segundo
Araken Farias, coordenador geral do órgão de defesa do consumidor no
estado, a pessoa alega não ter recebido o retorno prometido do dinheiro
que investiu ao adquirir quatro rastreadores. A BBom teve os bens
bloqueados pela Justiça Federal de Goiás nesta última quarta (10), a
exemplo do que aconteceu com a Telexfree, cujos pagamentos foram
suspensos pela Justiça do Acre.
“O reclamante informou que tem quatro contas na BBom, e que em uma
delas, mesmo antes de a Justiça fazer o bloqueio, a empresa não efetuou o
pagamento prometido. Ele disse ter tentado fazer dois saques nos
valores de R$ 700 cada, um no dia 2 e outro no dia 20 de junho, mas não
conseguiu”, explicou Araken. "Diante dos comprovantes que ele nos
apresentou, abrimos uma ação administrativa contra a BBom”, acrescentou o
coordenador..
Para os divulgadores que se sentirem lesados pela Telexfree e/ou BBom, cujas contas estão bloqueadas judicialmente, a orientação do Procon no RN é a mesma. “Ninguém vai receber mais nenhum centavo enquanto os méritos da ações não forem julgados. Até lá, minha orientação é que procurem a Justiça para garantir o ressarcimento dos valores investidos. Mas, quem quiser entrar com um uma ação administrativa no Procon antes de ir à Justiça, terá todo o direito de fazê-lo”, disse Araken.
Investigações no RN
No Rio Grande do Norte, as empresas BBom, Telexfree, NNex, Multiclick, Priples e Cidiz estão sendo investigadas pela Promotoria de Defesa do Consumidor da comarca de Natal sob a suspeita de atuarem como pirâmides financeiras. Todas elas negam.
Sobre a BBom, o promotor Sérgio Luiz de Sena informou que no site Reclame Aqui consta considerável número de reclamações por motivos diversos contra a empresa, havendo assim necessidade de verificação preventiva da regularidade de suas atividades a fim de evitar eventuais danos aos consumidores.
Quando instaurado inquérito civil pelo Ministério Público, o diretor de marketing da BBom, Ednaldo Bispo, disse que existe uma linha tênue entre o marketing multinível e a pirâmide financeira. "Quando se aproximam muito dessa linha, todos acabam sendo colocados no mesmo saco", acrescentou. Bispo disse também que a principal preocupação da BBom é com o cliente final, aquele que adquire o rastreador veicular. "A ideia do produto é ter acesso a informações de desempenho do veículo e saber da localização do mesmo para fins de segurança", acrescentou.
Criada neste ano, a BBom faz recrutamento de pessoas associando à venda de rastreadores veiculares comercializados pela rede de franquias Unepxmil. Tanto a empresa de marketing multinível quanto a rede de franquias são braços do grupo Embrasystem, que segundo o site da empresa, trabalha com produtos de tecnologia há 17 anos. Os rastreadores veiculares são adquiridos em regime de comodato por uma mensalidade de R$ 79,90. O contrato tem duração de 36 meses.
Bloqueio visa ressarcimento
O processo que tramita contra a BBom em Goiás está sob segredo de Justiça. Segundo comunicado divulgado na página da Justiça Federal de Goiás, ao analisar a documentação, a juíza federal substituta da 4ª Vara Federal de Goiânia, Luciana Laurenti Gheller, entendeu que há índicos de que as empresas atuam de forma ilegal, lesando os consumidores.
Na decisão, a magistrada explicou que o bloqueio dos bens se estende aos sócios e "busca evitar a dilapidação do patrimônio da empresa, de modo a possibilitar futuro ressarcimento aos consumidores lesados".
No esquema adotado pela BBom, conforme identificado pela juíza, o pagamento dos participantes depende exclusivamente do recrutamento por ele feito de novos associados. "A 'sustentabilidade' do negócio não advém da renda gerada pela venda do produto supostamente objeto da franquia, que se trata um rastreador", diz o comunicado.
Outra irregularidade apontada pela magistrada é a falta de licença expedida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a venda de rastreadores de veículos. "O rastreador utilizado em veículos é uma estação de telecomunicações que necessita ser licenciada pela agência, e não foi concedida pela Anatel autorização à empresa... para trabalhar com esse tipo de produto", informa a Justiça.
Empresa diz que rastreadores são homologados
Em comunicado divulgado nesta quinta (11), a BBom rebateu a decisão da Justiça e informou que os rastreadores são homologados pela Anatel.
Segundo a empresa, a licença "é fornecida para a empresa que produz o
equipamento e não a BBom, que o distribui. "Acreditamos que a juíza da
4ª Vara Federal de Goiânia deve ter se equivocado no momento da busca
por este registro", afirma a nota. "Cada equipamento MaxTrack MXT 140A
comercializado pela BBom possui um código de registro válido e vigente
perante a Anatel", acrescentou.
A empresa sustenta que é "uma empresa lícita, com sede própria, investimentos em marketing, propaganda, desenvolvimento de novos produtos e criação de estruturas executivas, industriais e comerciais".
Em entrevista no dia 5 de julho, o diretor de marketing da empresa, Ednaldo Bispo, negou a prática de pirâmide, argumentando que o modelo de negócio é sustentável e que o principal produto da BBom é a venda de rastreamento de veículos. Segundo ele, a empresa já reuniu em três meses mais de 200 mil associados.
"Também vendemos rastreador porta a porta. Nosso negócio não vem da entrada de pessoas, mas da prestação de serviço. O cliente final comodata, recebe o material e paga uma mensalidade. Ele pode ser só cliente, pode apenas vender o serviço, pode ser associado, ou fazer tudo isso", disse o porta-voz da BBom , argumentando ainda que o marketing multinível praticado pela empresa ainda é pouco compreendido.
No comunicado desta quinta, a empresa diz que "considera válida toda e qualquer forma de investigação, porém discorda de atitudes unilaterais que possam comprometer a saúde de companhias sem que haja a devida apuração ou conhecimento dos fatos envolvidos por parte das autoridades
Para os divulgadores que se sentirem lesados pela Telexfree e/ou BBom, cujas contas estão bloqueadas judicialmente, a orientação do Procon no RN é a mesma. “Ninguém vai receber mais nenhum centavo enquanto os méritos da ações não forem julgados. Até lá, minha orientação é que procurem a Justiça para garantir o ressarcimento dos valores investidos. Mas, quem quiser entrar com um uma ação administrativa no Procon antes de ir à Justiça, terá todo o direito de fazê-lo”, disse Araken.
Investigações no RN
No Rio Grande do Norte, as empresas BBom, Telexfree, NNex, Multiclick, Priples e Cidiz estão sendo investigadas pela Promotoria de Defesa do Consumidor da comarca de Natal sob a suspeita de atuarem como pirâmides financeiras. Todas elas negam.
Sobre a BBom, o promotor Sérgio Luiz de Sena informou que no site Reclame Aqui consta considerável número de reclamações por motivos diversos contra a empresa, havendo assim necessidade de verificação preventiva da regularidade de suas atividades a fim de evitar eventuais danos aos consumidores.
Quando instaurado inquérito civil pelo Ministério Público, o diretor de marketing da BBom, Ednaldo Bispo, disse que existe uma linha tênue entre o marketing multinível e a pirâmide financeira. "Quando se aproximam muito dessa linha, todos acabam sendo colocados no mesmo saco", acrescentou. Bispo disse também que a principal preocupação da BBom é com o cliente final, aquele que adquire o rastreador veicular. "A ideia do produto é ter acesso a informações de desempenho do veículo e saber da localização do mesmo para fins de segurança", acrescentou.
Criada neste ano, a BBom faz recrutamento de pessoas associando à venda de rastreadores veiculares comercializados pela rede de franquias Unepxmil. Tanto a empresa de marketing multinível quanto a rede de franquias são braços do grupo Embrasystem, que segundo o site da empresa, trabalha com produtos de tecnologia há 17 anos. Os rastreadores veiculares são adquiridos em regime de comodato por uma mensalidade de R$ 79,90. O contrato tem duração de 36 meses.
Bloqueio visa ressarcimento
O processo que tramita contra a BBom em Goiás está sob segredo de Justiça. Segundo comunicado divulgado na página da Justiça Federal de Goiás, ao analisar a documentação, a juíza federal substituta da 4ª Vara Federal de Goiânia, Luciana Laurenti Gheller, entendeu que há índicos de que as empresas atuam de forma ilegal, lesando os consumidores.
Na decisão, a magistrada explicou que o bloqueio dos bens se estende aos sócios e "busca evitar a dilapidação do patrimônio da empresa, de modo a possibilitar futuro ressarcimento aos consumidores lesados".
No esquema adotado pela BBom, conforme identificado pela juíza, o pagamento dos participantes depende exclusivamente do recrutamento por ele feito de novos associados. "A 'sustentabilidade' do negócio não advém da renda gerada pela venda do produto supostamente objeto da franquia, que se trata um rastreador", diz o comunicado.
Outra irregularidade apontada pela magistrada é a falta de licença expedida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a venda de rastreadores de veículos. "O rastreador utilizado em veículos é uma estação de telecomunicações que necessita ser licenciada pela agência, e não foi concedida pela Anatel autorização à empresa... para trabalhar com esse tipo de produto", informa a Justiça.
Empresa diz que rastreadores são homologados
Em comunicado divulgado nesta quinta (11), a BBom rebateu a decisão da Justiça e informou que os rastreadores são homologados pela Anatel.
BBom diz que vai recorrer e afirma que rastreadores são
homologados pela Anatel
homologados pela Anatel
A empresa sustenta que é "uma empresa lícita, com sede própria, investimentos em marketing, propaganda, desenvolvimento de novos produtos e criação de estruturas executivas, industriais e comerciais".
Em entrevista no dia 5 de julho, o diretor de marketing da empresa, Ednaldo Bispo, negou a prática de pirâmide, argumentando que o modelo de negócio é sustentável e que o principal produto da BBom é a venda de rastreamento de veículos. Segundo ele, a empresa já reuniu em três meses mais de 200 mil associados.
"Também vendemos rastreador porta a porta. Nosso negócio não vem da entrada de pessoas, mas da prestação de serviço. O cliente final comodata, recebe o material e paga uma mensalidade. Ele pode ser só cliente, pode apenas vender o serviço, pode ser associado, ou fazer tudo isso", disse o porta-voz da BBom , argumentando ainda que o marketing multinível praticado pela empresa ainda é pouco compreendido.
No comunicado desta quinta, a empresa diz que "considera válida toda e qualquer forma de investigação, porém discorda de atitudes unilaterais que possam comprometer a saúde de companhias sem que haja a devida apuração ou conhecimento dos fatos envolvidos por parte das autoridades
12/07/2013 19:18
Gerente de banco é preso por suspeita de pedofilia no interior do RN
Crianças e adolescentes confirmam ter sofrido abusou ou aliciamento.
Prisão aconteceu em Campo Grande, cidade a 265 quilômetros de Natal.
O gerente de relacionamento de um banco foi preso por suspeita de pedofilia na cidade de Campo Grande, a 265 quilômetros de Natal.
Pelo menos quatro crianças e adolescentes, com idades entre 11 a 14
anos, confirmaram ter sofrido abuso ou aliciamento por parte do
suspeito, que tem 31 anos e é natural do Rio Grande do Sul.
A prisão aconteceu nesta quinta-feira (11) durante a operação Pureza, coordenada pela Polícia Civil do município, segundo informou o titular da Delegacia de Campo Grande, delegado Rysklyft Factore. A companheira do suspeito, uma adolescente de 16 anos, foi apreendida sob suspeita de atrair as vítimas para a casa do gerente de banco.
O delegado Rysklyft Factore explica que a companheira do suspeito atraía as crianças e adolescentes para a casa do gerente. "Ela fazia amizade com as crianças, dava presentes, oferecia passeios de carro e moto. Depois levava as meninas para a casa dele, onde começava com brincadeiras para então aliciar ou abusar sexualmente as vítimas", relata.
Uma das quatro vítimas ouvidas disse ter sofrido abuso sexual. "Chegou a haver penetração. As outras três foram forçadas a beijá-lo, resistiram e foram embora antes de manter relações", ressalta o titular da Delegacia de Campo Grande. Depois dos crimes as crianças e adolescentes eram ameaçadas para não falar nada sobre o que havia acontecido.
Além da prisão preventiva do suspeito e apreensão da companheira adolescente, a polícia apreendeu na casa do gerente uma pistola 9 milímetros, de uso restrito das Forças Armadas. O gaúcho está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caraúbas, município a 296 quilômetros de Natal. Já adolescente foi levada para o Centro Educacional (Ceduc) de Natal.
A investigação foi iniciada a partir de uma denúncia recebida pela Delegacia de Campo Grande. De acordo com o delegado Factore, o suspeito já respondeu a um processo por crimes sexual há 10 anos, mas foi absolvido. Além disso, em 2011 uma denúncia anônima apontava ele como suspeito de crimes sexuais em Campo Grande.
Estão confirmados os depoimentos de mais quatro supostas vítimas. O delegado Rysklyft Factore espera concluir o inquérito em 15 dias.
A prisão aconteceu nesta quinta-feira (11) durante a operação Pureza, coordenada pela Polícia Civil do município, segundo informou o titular da Delegacia de Campo Grande, delegado Rysklyft Factore. A companheira do suspeito, uma adolescente de 16 anos, foi apreendida sob suspeita de atrair as vítimas para a casa do gerente de banco.
O delegado Rysklyft Factore explica que a companheira do suspeito atraía as crianças e adolescentes para a casa do gerente. "Ela fazia amizade com as crianças, dava presentes, oferecia passeios de carro e moto. Depois levava as meninas para a casa dele, onde começava com brincadeiras para então aliciar ou abusar sexualmente as vítimas", relata.
Uma das quatro vítimas ouvidas disse ter sofrido abuso sexual. "Chegou a haver penetração. As outras três foram forçadas a beijá-lo, resistiram e foram embora antes de manter relações", ressalta o titular da Delegacia de Campo Grande. Depois dos crimes as crianças e adolescentes eram ameaçadas para não falar nada sobre o que havia acontecido.
Além da prisão preventiva do suspeito e apreensão da companheira adolescente, a polícia apreendeu na casa do gerente uma pistola 9 milímetros, de uso restrito das Forças Armadas. O gaúcho está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caraúbas, município a 296 quilômetros de Natal. Já adolescente foi levada para o Centro Educacional (Ceduc) de Natal.
A investigação foi iniciada a partir de uma denúncia recebida pela Delegacia de Campo Grande. De acordo com o delegado Factore, o suspeito já respondeu a um processo por crimes sexual há 10 anos, mas foi absolvido. Além disso, em 2011 uma denúncia anônima apontava ele como suspeito de crimes sexuais em Campo Grande.
Estão confirmados os depoimentos de mais quatro supostas vítimas. O delegado Rysklyft Factore espera concluir o inquérito em 15 dias.
12/07/2013 19:15
Mulher presa na BR-101 transportava crack do RN para a Paraíba
Suspeita recebeu R$ 400 para fazer o transporte da droga nesta sexta-feira.
Quando fracionada, droga valeria aproximadamente R$ 40 mil no mercado.
Quilo de crack foi avaliado em R$ 40 mil pela
Denarc
Denarc
Depois de fragmentada a droga valeria aproximadamente R$ 40 mil, conforme contabilizou a Polícia Civil. A prisão aconteceu às 12h30 no posto da PRF de Sao José de Mipibu, na Grande Natal.
“Recebi o valor de R$ 250 para arcar com as minhas despesas de passagens, hospedagem e alimentação e mais R$ 150 de pagamento pelo trabalho”, disse a mulher à polícia. Além da droga, foram apreendidos com a suspeita o valor de R$325,30 em dinheiro e um celular.
A suspeita é natural da cidade de Campina Grande e estava a bordo de um “carro de linha” a caminho da cidade de João Pessoa para fazer a entrega do crack. A mulher afirmou ter chegado à Natal nesta quinta-feira (11) e disse ter vindo à cidade apenas para pegar a droga e retornar para a Paraíba.
12/07/2013 19;11
Policiais civis em greve fazem piquete em frente à Governadoria do RN
Categoria pede reajuste salarial e retirada de presos de delegacias.
Governo diz que não pode conceder aumento e que desocupa delegacias.
Policiais Civis cantam hino nacional em frente à Governadoria do RN
O governo do estado, em nota, diz que vem tomando medidas concretas para aumentar o número de vagas do sistema prisional. "No período de 8 meses, o número de presos custodiados nas delegacias do RN caiu de 600 para cerca de 50".
A nota enviada diz ainda que o "governo não tem como conceder aumentos à Polícia Civil, sob pena de desrespeito ao limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. O aumento da folha de pagamento do Estado do RN, nos últimos dois anos foi de mais de 54%, basicamente em função da implantação dos 30% dos planos de cargos e salários estabelecidos em 2010, além da necessária contratação de professores (cerca de 3 mil), profissionais de saúde (mais de 400), agentes penitenciários, servidores do Detran".
PMs reforçaram a segurança no prédio da
Governadoria
Governadoria
"Luto"
Durante o protesto, os policiais usaram um caixão, que, segundo o Sinpol, representa a morte da segurança pública potiguar. "A segurança morreu", gritou o presidente do sindicato sob um carro de som quando a carreata chegou à governadoria. "A população vai à delegacia a partir das 18h e encontra o prédio de portas fechadas. Isso nunca aconteceu antes", disse durante o discurso.
Djair falou sobre os salários da polícia civil e argumentou que, apesar de ser exigido o ensino superior, eles recebem valores de servidores com ensino médio. "O que o governo não pode fazer é silenciar. Estamos esperando propostas, ou teremos greve por tempo indeterminado", concluiu.
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