quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014



Em velório, PM prende suspeitos de ataque á base em Mãe Luiza


A Polícia Militar prendeu na manhã desta quarta-feira, 19, durante velório de Isaac Heleno da Cruz, 28, o “Rivotril” dois jovens identificados como João Paulo Lima dos Santos, de 22 anos, e Felipe Matuzalém Tavares do Nascimento, 19, mais conhecido como “Tinho Mete Bala”. Os dois foram inicialmente apontados como integrantes do grupo antes chefiado por “Rivotril”.
Felipe GaldinoPolícia fez abordagens para identificar possíveis criminososPolícia fez abordagens para identificar possíveis criminosos

As suspeitas eram as de que eles, juntamente com mais três jovens que ainda são procurados, estivessem envolvidos no atentado ocorrido na noite da última segunda-feira à base da Companhia da PM, instalada no bairro de Mãe Luiza, na zona Leste de Natal. Na ocasião, disparos de arma de fogo foram desferidos contra o prédio. O ataque teria sido uma resposta dos criminosos do bairro em retaliação à captura de “Rivotril”, que naquele momento permanecia numa enfermaria no Hospital Walfredo Gurgel.
Os dois foram presos ao descer de um ônibus alugado pela família de Isaac para levar moradores de Mãe Luiza ao Centro de Velório do Alecrim. João Paulo e “Tinho” foram conduzidos à 4ª Delegacia de Polícia (Mãe Luiza). “Como não era flagrante, registramos um Boletim de Ocorrência e ouvimos os envolvidos, que negaram participação no atentado ou de fazerem parte do bando de Rivotril”, afirmou o titular da DP, Amaro Rinaldo.
Após exames residuográficos, João Paulo foi liberado. “Tinho” foi preso e levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pirangi por força de um mandado de prisão por tráfico de drogas. Segundo a Polícia Civil, o rapaz atuaria na venda de entorpecentes no Pajuçara e é suspeito de homicídio no loteamento José Sarney.
No velório e enterro de Rivotril, marcados pela comoção e revolta, familiares e amigos chegaram a culpar a polícia e o hospital pela morte. Ontem, a diretora do Walfredo Gurgel, Maria de Fátima Pereira garantiu que sua equipe fez de tudo para salvar Isaac Heleno. “Para nós essas pessoas, ditas criminosas, são pacientes comuns. Fizemos de tudo para salvá-lo, mas a gravidade do ferimento impossibilitou a recuperação”, explicou. 
A diretora afirmou que uma das balas atingiu e perfurou o intestino grosso. Com isso, as fezes chegaram ao estômago, causando infecção no retroperitônio – por trás do atrás da cavidade abdominal. A direção descarta a abertura de sindicância para apurar possíveis falhas no atendimento ou mesmo o vazamento de fotos por não ser possível saber quem as produziu. Rivotril morreu anteontem, após oito dias de internação e duas cirurgias antes de falecer. O sepultamento ocorreu às 11h de ontem no Cemitério Parque da Passagem, em Extremoz.



Delegado afasta tese de crime passional na morte de lutador


A enfermeira Valéria Alexandre  Cortês prestou depoimento de uma hora e meia ao delegado Sílvio Fernando Nunes Silva, na Delegacia de Macaíba, sobre o caso do homicídio do lutador de MMA e instrutor de academia Luiz de França Souza Trindade, ocorrido na manhã do dia 10 deste mês, na Cidade Satélite. Em entrevista, o titular da 11ª Delegacia de Polícia (Cidade Satélite), delegado Sílvio Fernando, afastou a linha de investigação sobre crime passional, mas disse que ainda considera o oficial da PM, Iranildo Félix de Souza, como principal suspeito do assassinato, devido ao desentendimento que ele teve com o lutador de MMA.
Valéria Cortez (de branco) foi à delegacia ao lado do ten. IranildoValéria Cortez (de branco) foi à delegacia ao lado do ten. Iranildo

Na DP, Valéria Cortez não falou com a imprensa, mas a sua advogada Brenda Martins revelou que sua cliente negou qualquer envolvimento afetivo com Luiz de França. Ontem, Iranildo Félix acompanhou a namorada na Delegacia de Macaíba. No depoimento dado ao delegado Sílvio Fernando, na manhã de ontem, a enfermeira Valéria Cortês, disse que sua internação na Promater, em Lagoa Nova, não foi em decorrência de uma suposta agressão sofrida por parte do tenente, mas em virtude de uma queda que sofreu no condomínio onde reside, o La Veritá, vizinho à Cidade Satélite.
O delegado Sílvio Fernando Nunes Silva informou, ontem de manhã, que não há nenhuma pressa em concluir o inquérito criminal sobre o homicídio do lutador de MMA, declarando que os autos serão entregues à Justiça no dia 10 de março, último dia do prazo de 30 dias para o fim do inquérito. Ele confirmou que vai pedir judicialmente a quebra do sigilo telefônico do tenente Iranildo Félix.
Sílvio Fernando disse que voltará a tomar, na finalização do inquérito, depoimento do tenente. Apesar da enfermeira Valéria Cortês ter negado envolvimento com o instrutor Luiz de França, o delegado disse que “foi proveitoso” o depoimento dela afastando a tese de crime passional e, por isso, passa a concentrar a investigação sobre a hipótese de vingança, em virtude da rixa entre o tenente e o lutador.
No depoimento, Valéria Cortez aapresentou outra versão para a assassinato da ex-mulher do tenente, a estudante de Direito Izânia Bezerra Alves, morta a tiros no começo da tarde de domingo (16), quando estava em companhia do ex-marido numa estrada carroçável a 5km do centro de Macaíba. Segundo a advogada Brenda Martins, ela teria dito que o fato, na verdade, foi um atentado do qual ela e o namorado seriam o alvo, tendo a ex-mulher do policial sido morta por engano.
“Os alvos eram o tenente Iranildo e a atual companheira dele. A ex-mulher estava no lugar errado na hora errada”, afirmou a advogada Brenda Martins. Na Delegacia de Plantão da Zona Sul, o tenente Iranildo Félix havia revelado, logo após o crime, que ele e a ex-mulher tinham sido vítimas de tentativa de assalto por dois homens em uma motocicleta. Valéria Cortês também negou no depoimento que tivesse  qualquer relação com Izânia e que apenas a conhecia de vista. Ela confirmou que o namorado estava numa casa na zona rural de Macaíba, a 500 metros do local do crime, usada para se esconder depois da primeira tentativa de assassinato que teria sofrido na manhã da quarta-feira, 12/02, ao sair da realização de exame residuográfico de pólvora nas mãos no Itep.
Este crime está sendo investigado por uma comissão especial nomeada pela Delegacia Geral do Polícia (Degepol) e coordenada pela delegada Sheila de Freitas, titular da Deicor (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), que preferiu não comentar as declarações. 
A advogada Brenda Martins questionou a falta de proteção dos seus clientes, alegando que ambos correm risco de morte, principalmente após os dois atentados que Iranildo já sofreu. Ela também reclamou do comandante geral da Polícia Militar, coronel Francisco Araújo Silva, que teria se negado a receber ofício solicitando escolta policial ao casal.
O comandante geral da PM confirmou que o tenente Iranildo Félix foi nesta quarta-feira ao comando da Polícia com ofício requerendo uma pistola e colete balístico. “Ele está com o porte de arma suspenso pela junta médica e temos coletes disponíveis apenas para policiais que estão no policiamento ostensivo. Como ele está afastado, não posso fornecer esse material”, afirmou o coronel. 
Araújo disse ainda que a defesa pode acionar a Justiça para fazer essas requisições. “A advogada pode procurar o Tribunal de Justiça ou o Ministério Público. Se a Justiça determinar, a PM cumpre”, afirmou.



Três ônibus são assaltados na noite desta quarta-feira

Roubos aconteceram nas Quintas, Mangabeira e Parnamirim.



Três ônibus foram alvo de assaltantes, somente na noite desta quarta-feira (19), na Grande Natal. Criminosos invadiram veículos das empresas Trampolim e da Guanabara, mais precisamente nos bairros das Quintas, em Natal, Mangabeira, em Macaíba, e em Parnamirim.
Em um desses casos, o motorista Carlos André da Costa revelou  que os criminosos usavam facas. Essa, aliás, foi a décima vez que ele foi vítima de roubo em ônibus. Desta vez, Carlos estava na linha 19 da Guanabara.
Em Mangabeira, três mulheres e um homem invadiram o veículo. Enquanto as mulheres fizeram o arrastão, o homem ficou com a arma apontada para o motorista. Antônio Pedro disse que pensou que o bandido ia atirar, mas levantou as mãos e pediu para não morrer.
Em todos os casos, os suspeitos não foram presos. Nas últimas 24 horas, foram contabilizados pelo menos sete assaltos em Natal e Grande Natal.


Comerciante é assassinado durante assalto em Parnamirim

Dois adolescentes são suspeitos do latrocínio, na manhã desta quarta-feira.


O comerciante Elias Cazuza, de 50 anos, foi morto no Mercadinho Cazuza, na manhã desta quarta-feira (19), vítima de um latrocínio, na rua Capitão Martino Machado, no bairro de Passagem de Areia, em Parnamirim.
Dois adolescentes chegaram ao estabelecimento, anunciaram o assalto e, de acordo com testemunhas, a vítima teria reagido, o que fez com que um dos bandidos atirasse. O comerciante foi baleado na cabeça e morreu no local.
De acordo com o cabo Geisson, do 3º Batalhão da Polícia Militar, no momento em que a dupla fugia a pé, um morador fez uma perseguição e conseguiu deter um deles, um adolescente de 15 anos, que por muito pouco não foi linchado pela população.
Uma viatura da PM chegou ao local e conduziu o suspeito para a Delegacia de Parnamirim, onde o adolescente confessou que participou da tentativa de assalto, mas quem atirou foi o comparsa dele. O comerciante era bastante querido na região e a população ficou bastante revoltada.

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