segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014


ARTIGO - 24/02/2014 - 06:02

O QUE É ESSA TAL DEMOCRAÇIA
Por Dr. Flávio Sami

Amigas e amigos leitores. O Instituto Vladimir Herzog inaugurou uma importante exposição sobre a luta pela democracia dos últimos 50 (cinquenta) anos no Brasil, a exposição “Resistir é Preciso”. Fonte: http://vladimirherzog.org. Aliás, isso é muito bom, porque a democracia no Brasil sempre foi um mal entendido, como já escreveu Sérgio Buarque de Holanda. Até hoje, procuramos entender o que é essa tal democracia!
Pois bem, o que é democracia? A democracia não pode ser definida, explicada ou compreendida como o avesso de uma ditadura, pelo que ela não é ou o que ela não foi. É claro que é fundamental a denúncia e a lembrança eterna de todos os crimes cometidos durante o golpe de 1964, mas a democracia é uma construção minuciosa, principalmente em um país que teve poucos momentos democráticos desde a proclamação da República, que, aliás, nasceu de um golpe militar. Democracia é um regime frágil, complexo, que pode até ser utilizado para sua própria negação, a exemplo da Venezuela, do Município de João Câmara e toda Região do Mato Grande, com seu sistema de representação política falido, onde se ostentam perspectivas de futuro brilhante permeadas em ações e lideranças ultrapassadas e ineficazes, sempre escudadas em uma tal democracia. A brutal violência dos blocos negros, os ‘black blocks’, que retiraram das ruas o povo brasileiro que reivindicava melhorias para o nosso país, também é outro exemplo de quem usa a democrática para negá-la. Democracia se organiza, não adianta democracia verbal, sem organização Republicana. Democracia não é ausência de ditadura, é muito mais que isso.
Democracia exige paciência, liberdade, segurança, saúde e educação de qualidade para todos; Exige ainda oportunidades e maiores incentivos para a iniciativa privada, profundas reformas em um Estado estruturado para o bem dos donos do Poder; reformas em instituições que falam em democracia, mas são excludentes e autoritárias, a exemplo dos códigos utilizados no nosso Judiciário, ou, ainda, de um Legislativo que confunde democracia com “zorra total”, descaso, impunidade e falta de vergonha na cara, afinal de contas, condenados da justiça podem administrar nossos interesses. Ficha limpa pra que, se quem faz as leis sempre deixa uma saída de emergência, uma liminar a ser concedida a troco sabe-se lá do quê. Bela iniciativa essa do Instituto Vladimir Herzog, que nos estimula a construir essa brilhante e fundamental ideia, a “DEMOCRACIA”. Na verdade, ainda estamos longe de alcançar o ideal democrático, ao meu sentir, ainda falta muito trabalho para chegarmos lá.


24/02/2014
Lula critica o governo Dilma a interlocutores"dazelite". O Barba adoraria voltar, mas não vai!

O Barba, bem mais jovem, e o seu umbigo: não é de hoje que ele é o centro do mundo
O Barba, bem mais jovem, e o seu umbigo: não é de hoje que ele é o centro do mundo
O Apedeuta anda criticando o governo Dilma em conversa com interlocutores. Primeira pergunta: ele quer voltar? A segunda: há a possibilidade de ser ele o candidato do PT? A terceira: as críticas fazem sentido?
Pois é… Vou começar pela mais fácil.. Sim, Lula adoraria voltar. Eu diria até que, intimamente, ele não pensa em outra coisa. Mas sabe que isso é muito difícil — diria mesmo ser impossível hoje. Num cenário de catástrofe, não tenham dúvida de que o salvador da pátria se apresentaria.
Mas isso não está no horizonte. Ademais, Dilma não exibe números espetaculares segundo os institutos de pesquisa, mas é franca favorita à reeleição — e no primeiro turno, segundo os números de hoje. Talvez, lá no fundo do peito, nos seus desejos mais recônditos, mais profundos, o ex-presidente até torcesse para que ela despencasse e se mostrasse uma candidata de alto risco. Mas isso não aconteceu. Botá-la em escanteio seria visto como um gesto truculento e, na verdade, desnecessário.
Então sintetizo agora duas respostas numa só: querer, ah, isso ele quer muito. Mas não pode. Não tem como tirar Dilma do meio do caminho.
Lula virou uma espécie de psicanalista de alguns setores descontentes com o governo. Tem recebido uma verdadeira romaria — inclusive de alguns pesos pesados da economia — que lhe pedem para voltar. Desde José Rainha — um dissidente esquerdista do MST, que agora fundou seu próprio movimento — a alguns pesos pesados do PIB, a romaria dos que vão a Lula é grande.
E ele não se furta ao papel absurdo de presidente paralelo. Ouve as reclamações, tranquiliza o interlocutor, promete providências e, como se nota, deixa vazar críticas à sua sucessora. Lula, como sempre, está descumprindo uma promessa. Tinha anunciado que seria um ex-presidente discreto e silencioso, como nunca antes na história deste país, para usar um bordão seu. E, como nunca antes da história deste país, é um ex-presidente que tem ambição de continuar governando.
O chefão petista considera — a Folha de hoje traz uma reportagem a respeito — o governo Dilma centralizador demais e avalia que ela se afastou dos empresários. Acha a gestão pesada, lenta. Acredita também que a atual equipe econômica já deu o que tinha de dar — vale dizer: Guido Mantega. As suas críticas, afinal de contas, procedem?
Depende. Tomadas as coisas como são, a resposta é “sim”. Mas Dilma faz algo muito diferente, ou deixa de fazer alguma coisa, na comparação com o seu antecessor, o próprio Lula? A resposta é “não”. Então o que foi que mudou? A realidade internacional. Deem a Dilma a mesma economia mundial que Lula tinha, com a China crescendo em ritmo alucinante, com o preço das commodities primárias nas alturas, e ela se sairia melhor. Deem a Dilma um cenário de corrida do dinheiro para os países emergentes para fugir da crise americana e europeia, e ela se sairia melhor. Acontece que esses eventos não vão se repetir.
Dilma está pegando a fase final das “virtudes” do modelo lulista, ancorado no consumo. O déficit de US$ 11,591 bilhões nas contas externas em janeiro começou a ser fabricado no governo Lula. O rombo certo na balança comercial em 2014 — o primeiro em 13 anos — também começou a ser fabricado no lulismo. O papel cada vez mais modesto da indústria no PIB e um déficit de US$ 110 bilhões do setor no ano passado têm a digital indelével de… Lula!
Pergunte-se: que reforma estrutural importante ele encaminhou? O que efetivamente fez pelo investimento em infraestrutura? Em vez de privatizar aeroportos e estradas, por exemplo, passou oito anos demonizando as privatizações por motivos estritamente políticos, por proselitismo ideológico vigarista. A crise da Petrobras, para citar um caso emblemático, é uma das heranças malditas que Lula deixou para a sua sucessora.
O governo Dilma é, sim, a meu juízo, muito ruim — mas não é pior do que era o de Lula. O que mudou de modo importante foi a conjuntura internacional, e o PT não estava preparado para isso.
Encerro apontando a absoluta falta de pudor político de um ex-presidente da República que se dá ao desfrute de manter reuniões com empresários e de fazer vazar as suas críticas, constrangendo a sua sucessora. Ainda que Dilma não se elegesse nem síndica de prédio em 2010 sem o seu apoio, o fato é que ela é a atual presidente da República.
No fim de 2010, Lula afirmou que iria gastar seu tempo como ex-presidente cozinhando coelho em seu sítio, em Ribeirão Pires. Pelo visto, anda mais ocupado alugando a orelha para tubarões.
Por Reinaldo Azevedo

Dinheiro Público

Evento do MST é financiado com dinheiro público da Caixa e do BNDES, diz jornal 

BNDES doou R$ 350 mil e Caixa liberou R$ 200 mil para mostra. Congresso do grupo terminou em tumulto e quebra-quebra

Marcha do MST, que terminou em confronto com policiais militares em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, teve financiamento com dinheiro público

Marcha do MST, que terminou em confronto com policiais militares em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, teve financiamento com dinheiro público 

A Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fecharam contratos sem licitação nos valores de 200.000 reais e 350.000 reais, respectivamente, com entidade ligada ao Movimento dos Sem Terra para evento realizado no 6.º Congresso Nacional do MST. O evento aconteceu há duas semanas e terminou em confronto com a Polícia Militar na Praça dos Três Poderes, em Brasília. No quebra-quebra, 32 pessoas ficaram feridas, sendo trinta policiais. Na ocasião, membros do MST tentaram invadir o Supremo Tribunal Federal. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira pelo jornal O Estado de S.Paulo.
A Associação Brasil Popular (Abrapo) recebeu os recursos para a Mostra Nacional de Cultura Camponesa, atividade que serviu de centro de gravidade para os integrantes do congresso do MST. As entidades têm relação próxima. Para se ter uma ideia, a conta corrente da Abrapo no Banco do Brasil aparece no site do MST como destino de depósito para quem deseja assinar publicações do movimento social, como o jornal Sem Terra.
O contrato de patrocínio da Caixa, no valor de 200.000 reais, está publicado no Diário Oficial da União de 3 de fevereiro de 2014. Foi firmado pela Gerência de Marketing de Brasília por meio de contratação direta, sem licitação. A oficialização do acordo do BNDES com a mesma entidade foi publicada três dias depois. O montante é de até 350.000 reais. A contratação também ocorreu sem exigência de licitação e foi assinada pela chefia de gabinete da presidência do banco de fomento.
A Mostra Nacional de Cultura Camponesa, objeto dos patrocínios, ocorreu na área externa do ginásio Nilson Nelson, em Brasília. O congresso teve suas plenárias na área interna.
Tumulto e feridos - O congresso foi realizado entre os dias 10 e 14 de fevereiro e reuniu 15.000 pessoas. No dia 12, uma marcha organizada pelo movimento saiu do ginásio e percorreu cerca de cinco quilômetros até a Esplanada dos Ministérios. O objetivo declarado era a entrega de uma carta ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, com compromissos não cumpridos pela presidente Dilma Rousseff na área da reforma agrária.
No decorrer da passeata, o grupo de sem-terra integrou-se a petistas acampados em frente ao STF desde as prisões do mensalão, ameaçando invadir a Corte. Na presidência dos trabalhos, o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a sessão que ocorria no momento.
Um cordão de isolamento feito por policiais e seguranças da Corte impediu os manifestantes de avançar em direção ao Supremo. Eles então se dirigiram ao outro lado da Praça dos Três Poderes, rumo ao Palácio do Planalto. Quando os sem-terra romperam as grades colocadas na Praça o conflito começou.
Manifestantes atiravam cruzes que faziam parte da marcha, pedras e rojões contra a polícia, que usou bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os militantes. Ao todo, trinta policiais e dois manifestantes ficaram feridos.
Visita presidencial - No dia seguinte ao conflito, a presidente Dilma Rousseff recebeu líderes do movimento para debater a pauta de reivindicações, atitude que sofreu críticas de parlamentares da oposição e ligados ao agronegócio.
O MST, como já mostrou em diversas reportagens, é comandado por agitadores profissionais que, a pretexto de lutar pela reforma agrária, se valem de uma multidão de desvalidos como massa de manobra para atingir seus objetivos financeiros. Sua arma é o terror contra fazendeiros e também contra os próprios assentados que se recusam a cumprir as ordens dos chefões do movimento e a participar de saques e atos de vandalismo. Com os anos, o movimento passou por um processo de mutação. Foi-se o tempo em que seus militantes tentavam dissimular as ações criminosas do grupo invocando a causa da reforma agrária. Há muito isso não acontece mais. Como uma praga, o MST ataca, destrói, saqueia – e seus alvos, agora, não são mais apenas os chamados latifúndios improdutivos.


Garoto de 14 anos é morto quando tomava conta de 3 irmãos no RN

Aconteceu nesta madrugada em Ceará-Mirim, na Grande Natal.
Bruno Henrique ainda foi socorrido, mas morreu a caminho do hospital. 

Adolescente  foi morto na porta de casa, em Extremoz (Foto: Michelle Rincon/Inter TV Cabugi)
Adolescente foi morto na porta de casa, em
Ceará-Mirim (Foto: Michelle Rincon)

Um adolescente de 14 anos, que estava tomando conta de três irmãos menores - entre eles um bebê de 5 meses - foi vítima de disparos de arma de fogo na porta de casa durante a madrugada deste domingo (23) em Ceará-Mirim, cidade da Grande Natal. Bruno Henrique ainda foi socorrido, mas morreu a caminho dos hospital. A mãe das crianças, de acordo com a Polícia Militar, estava em uma festa quando aconteceu o crime. Os suspeitos fugiram em um carro. Com a morte do adolescente, a PM registrou 12 homicídios neste final de semana na região metropolitana da capital potiguar.
“A mãe saiu pra ver um show da banda Grafith e deixou as crianças sob os cuidados do mais velho, o adolescente de 14 anos. Bateram na porta por volta das 2h e ele foi atender achando que era a mãe voltando da festa. Quando abriu a porta e saiu, foi baleado. Não sabemos quantos são os suspeitos, mas nos informaram que eles fugiram em um carro”, relatou o capitão Harrison Moreira, comandante do policiamento militar em Ceará-Mirim.

Ainda de acordo com a polícia, Bruno Henrique levou três tiros. Dois atingiram os braços e um acertou a cabeça do adolescente. “Ele ainda foi socorrido pelo Samu para o Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, em Natal, mas morreu no caminho”, acrescentou o comandante.
O nome da mãe não foi revelado. Até ela voltar da festa, segundo a polícia, os outros filhos ficaram com membros do Conselho Tutelar da cidade.
A polícia suspeita que o crime tenha sido um acerto de contas. “Temos informações que o adolescente, apesar de muito novo, era envolvido com assaltos na região”, revelou o capitão.


Sete pessoas são mortas durante a noite e madrugada na Grande Natal

Crimes foram em Natal, Ceará-Mirim, São Gonçalo e São José de Mipibu.
Somente neste fim de semana, já são 12 os mortos na região metropolitana

Sete pessoas foram assassinadas durante a noite do sábado (22) e madrugada deste domingo (23) na Grande Natal. Os crimes foram registrados pela Polícia Militar em Natal e nas cidades de São José de Mipibu , Ceará-Mirim e São Gonçalo do Amarante. As vítimas foram cinco homens e dois adolescentes - sendo um garoto de 14 anos e uma menina de 13 anos. Seis foram mortos com disparos de arma de fogo e um a facadas. Ainda de acordo com a polícia, ainda não se tem informações sobre as motivações, pistas dos criminosos e ninguém foi preso até o momento. Considerando os crimes de homicídio registrados desde a noite da sexta-feira (21), doze pessoas já foram mortas durante este fim de semana na região metropolitana da capital
O adolescente foi morto em Ceará-Mirim. Ele estava tomando conta de três irmãos menores - entre eles um bebê de 5 meses - quanfo foi vítima de disparos de arma de fogo na porta de casa. Aconteceu por volta das 2h deste domingo (23) na rua Santa Terezinha, no conjunto da Cohab. Bruno Henrique ainda foi socorrido, mas morreu a caminho dos hospital. A mãe das crianças, de acordo com o capitão Harrison Moreira, estava em uma festa quando aconteceu o crime. Os suspeitos fugiram em um carro.
Também em Ceará-Mirim, o alvo foi um auxiliar de serviços gerais identificado como Daniel França de Souza, de 18 anos. Segundo informações da polícia, ele foi morto por volta das 22h do sábado (22) dentro de um bar no conjunto Minha Casa, Minha Vida. Os suspeitos são dois homens que chegaram ao local em uma moto. Um deles desceu, entrou no estabelecimento e atirou várias vezes contra a vítima. Daniel ainda foi socorrido ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Os criminosos fugiram.
Em São José de Mipibu também foram registrados dois crimes. Uma das vítimas foi um homem de 31 anos chamado João Tomaz da Silva Neto. Ele foi morto na comunidade de Sítio Laranjeiras dos Cosmes. Segundo o tenente Carlos Faria, do 3º Batalhão da PM, o homem caminhava pela rua do Golinha, por volta das 21h do sábado (22), quando foi surpreendido por dois homens que se aproximaram em uma motocicleta. João Tomaz foi atingido por vários tiros e morreu na hora. “Ainda fizemos buscas na região, mas não conseguimos encontrar os suspeitos”, disse o oficial.
O outro crime só foi descoberto pela polícia ao amanhecer deste domingo, quando moradores do sítio Caieiras encontraram o corpo de um homem, com várias perfurações de faca, estirado em uma estrada carroçável da comunidade. A PM foi chamada ao local para isolar a área, mas não encontrou pistas de como ou de quem cometeu o assassinato. O corpo foi levado para o Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), onde os peritos aguardam a chegada de algum familiar que possa identificar o cadáver.
Em São Gonçalo do Amarante foi baleado Valmir de Freitas Rocha, de 41 anos. Ele caminhava pela rua Hildebrando Ribeiro, no distrito de Santo Antônio, quando foi abordado por dois homens em uma moto. De acordo com o boletim registrado na Delegacia de Plantão da zona Norte de Natal, ele trabalhava como autônomo e ainda foi socorrido pelo Samu, mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do hospital Santa Catarina, que também fica na zona Norte da capital. Os suspeitos, mais uma vez, são dois homens que fugiram numa moto.
Já na zona Norte da capital, dois homicídios foram registrados pelo 4º Batalhão da PM. Os crimes aconteceram durante a madrugada deste domingo. O primeiro homicídio aconteceu em frente a uma casa na avenida Moema Tinoco, no conjunto Pajuçara, onde foi assassinado a tiros Raul Brito Lino, de 29 anos. O segundo, na avenida Maranguape, no Panatis. Neste casa, a vítima foi uma adolescente de 13 anos identificada como Tamara Souza de Oliveira. Segundo o tenente João Santos, sabe-se apenas que ela também foi morta a tiros. “Ela foi baleada durante a madrugada, mas o corpo só foi encontrado agora pela manhã”, relatou o oficial.


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