quinta-feira, 6 de março de 2014


Eleição estadual tem quatro palanques

06/03/2014

Em entrevista recente ao jornal O Mossoroense, o deputado estadual Fernando Mineiro (PT), entusiasta da aliança do PT com o PSD, diz uma coisa que eu concordo com ele: nos tempos atuais, "não existe a possibilidade de se ter uma eleição por W.O. Na verdade seria uma nomeação". E vale complementar: vivemos tempos de democracia. A sociedade exige alternativas políticas.
O W.O. é o desejo do deputado federal Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara dos Deputados, que articula uma coalizão de forças partidárias para sustentar a própria candidatura ao governo.
Na visão de Mineiro, este cenário está descartado hoje. O petista vê a possibilidade de pelo menos quatro palanques na eleição deste ano e aponta: "O PSD e do PT, o do PMDB com o PSB, do DEM com o PTB e o do PSOL com o PSTU".
E me parece que é isto mesmo: o PSD deverá apresentar Robinson Faria para o governo e Fátima Bezerra para o Senado; o PMDB irá de Henrique ou Garibaldi Filho para o governo e Wilma será o nome do PSB para o Senado; ao DEM restou a reeleição de Rosalba (não se sabe quem disputará o Senado); e o PSOL ainda fará prévia para escolher o candidato ao governo numa aliança com o PSTU, que deverá indicar o nome para senador.
Ai entra a questão política de João Câmara, tendo a ex-prefeita Gorete Leite dito varias vezes que não apoiaria a ex-governadora Wilma e muito menos a atual governadora Rosalba, e que jamais voltara a votar em um candidato que tiver o apoio do atual prefeito que deverá apoiar a reeleição de Rosalba pela devoção que tem ao senador José Agripino, com isso Gorete tem manifestado desejo em apoiar Garibalde ou Henrrique mas sem pedir votos para o senado ou fechar acordo com o vice-governador Robson Faria e a deputada Fatima para o senado, no momento a ex-prefeita Gorete Leite aguarda uma decisão das chapas majoritárias para que ela Gorete possa decidir qual palanque vai subir.
Sabemos que esta eleição em João Câmara será marcada como uma prévia de 2016 tendo em vista a péssima administração deste atual gestor, e com a população revoltada pela falta de transparência deste governo, tem se falado muito em um nome novo para João Câmara, e se tem mencionado muito o nome do vereador Holderlin e o mesmo tem reafirmado a sua lealdade a sua líder Gorete Leite e que jamais quer ver a oposição dividida, portanto, estremos juntos em um só palanque com Gorete buscando um novo rumo para nossa terra.
Fernando Mineiro fez um diagnóstico correto do atual cenário após as longas conversas do veraneio e dos encontros carnavalescos.
Mas Mineiro deixou claro que o acordo entre PT e PSD ainda está sendo construído. Não há aliança definitiva. Ela depende de uma decisão da executiva estadual do PT em encontro estadual do partido marcado para abril ou maio. Até lá, os petistas seguirão conversando com as demais legendas, incluindo PMDB e PSB.
Como se vê, o cenário da eleição vai se delineando. Agora, temos o desenho de pelo menos quatro palanques. Por enquanto.
O dito é surrado, mas deve ser lembrado: política é como nuvem, muda a todo instante.
 
 
 
POLÍTICA NACIONAL

05/03/20

Dilma discute crise com PMDB em reunião com com Lula no Alvorada

Avaliação de cúpula petista é que presidente deve ser “política” e evitar confrontos com aliados

Dilma se reúne com Lula no Alvorada<br /><b>Crédito: </b> Ricardo Stucker / Instituto Lula / CP
Dilma se reúne com Lula no Alvorada 
Crédito: Ricardo Stucker / Instituto Lula / CP
Em meio ao agravamento da crise com o PMDB, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou nesta quarta-feira em Brasília e se reuniu com a presidente Dilma Rousseff, na tentativa de soldar a aliança para a campanha da reeleição. Lula e a cúpula do PT avaliam que Dilma deve ser “política” e não entrar em novo confronto com a ala do PMDB representada pelo líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), para evitar mais problemas no Congresso e na campanha.

Embora o encontro de Dilma e Lula já estivesse marcado antes de Cunha pregar o rompimento da parceria com o PT, a ofensiva do deputado causou preocupação no governo. O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), já havia dito que a situação está ficando “insustentável” e cobrado uma solução para a empacada reforma ministerial.

No Palácio do Planalto, Cunha é visto como “imprevisível” e capaz não apenas de fazer bravatas como de pôr a reedição da dobradinha com o PMDB em risco. Além de Lula, toda a coordenação da campanha petista se reuniu com a presidente, no Palácio da Alvorada. Atacado por Cunha em sua página do Twitter, o presidente do PT, Rui Falcão, foi um dos primeiros a chegar. O marqueteiro João Santana, o jornalista Franklin Martins, que coordenará a comunicação do comitê, o tesoureiro Edinho Silva, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o chefe de gabinete de Dilma, Giles Azevedo, também participaram do encontro.
 
 
 
 
TSE
 
Proibido pelo TSE conteúdo de
 
campanha de Eduardo Campos
 
 
06/03/2014
A+A-
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu liminar em que determina a imediata retirada da página “Eduardo Campos Presidente” do Facebook. O ministro Admar Gonzaga atendeu a pedido do Ministério Público Eleitoral que considerou a página da rede social propaganda fora de época do pré-candidato do PSB ao Palácio do Planalto. A decisão, tomada às 23h14 da última sexta-feira, 28, ainda não foi cumprida e a página continua no ar ontem.
Admar Gonzaga lembra que propaganda na internet só será permitida a partir do dia 6 de julhoAdmar Gonzaga lembra que propaganda na internet só será permitida a partir do dia 6 de julho

No pedido, o vice-procurador-geral Eleitoral, Eugênio Aragão, argumentou que o artigo 36 da Lei das Eleições proíbe a veiculação de propaganda eleitoral anterior a 6 de julho do ano das eleições. Para ele, a página do Facebook “adequa-se perfeitamente” ao entendimento do TSE do que é considerado propaganda eleitoral antecipada.
“Isso porque, ainda que de forma indireta e disfarçada, leva ao conhecimento do eleitor a possível candidatura de Eduardo Campos, com os motivos pelos quais o beneficiário é mais apto ao exercício da função pública, e afeta o equilíbrio da disputa entre os potenciais postulantes à Presidência da República, pela discrepância de tratamento dispensado”, afirmou Aragão, na representação encaminhada ao TSE.
A página, criada em 3 de novembro de 2012, tem feito um acompanhamento das atividades de Campos e enaltece sua atuação política. “E o melhor governador do Brasil será o melhor presidente para todos”, diz, uma das postagens. “É Eduardo, É Eduardo, É Eduardo Presidente! Nas Escolas, nos Campos (sic), Eduardo Campos Presidente!”, informa outra mensagem. Ao conceder a liminar, Admar Gonzaga entendeu que há propaganda antecipada por meio das postagens de imagens e mensagens realizadas em perfil público no Facebook que dão conta da “futura” candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República.
O relator ressaltou que o conteúdo da página não estava restrito apenas aos seguidores, mas disponível a qualquer internauta, ainda que não participante do grupo. “No caso do representado, () no momento das transmissões contestadas pela inicial, ele seguia 897 usuários, era seguido por 40.677 pessoas e fazia parte de 685 listas de interesse”, afirmou Gonzaga. 
Fundamento 
Ao examinar o pedido de liminar, o ministro Admar Gonzaga lembra que, a partir do dia 6 de julho, a propaganda eleitoral na internet poderá ser realizada, entre outras formas, “por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas e assemelhados, cujo conteúdo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligações ou de iniciativa de qualquer pessoa natural”.

“Em sede liminar, é possível vislumbrar, a partir da documentação carreada aos autos, a realização de propaganda eleitoral antecipada, por meio de postagens de imagens e mensagens realizadas em perfil público hospedado pelo Facebook, que dão conta da futura candidatura do primeiro representado [Eduardo Campos] ao cargo de Presidente da República no ano de 2014”, diz o ministro.
Segundo o relator, a página da internet não se apresenta como porta de entrada para um ambiente de rede social, ou seja, restrito àqueles que se cadastram e são autorizados. De acordo com o ministro, ela pode ser acessada por qualquer internauta, ainda que não participe do grupo, sendo criada especificamente para reunir pessoas que apoiam eventual candidatura de Eduardo Campos a presidente em 2014.
O ministro ressalta que, na página criada no Facebook, “livremente se tem acesso a mensagens e imagens” que enaltecem Eduardo Campos e divulgam sua possível candidatura a presidente da República.
Ao citar a jurisprudência do TSE sobre propaganda eleitoral antecipada, o ministro recorda que deve ser entendida como tal qualquer manifestação que, previamente aos três meses que antecedem o pleito, leve ao conhecimento do público, ainda que de forma dissimulada, a candidatura, mesmo que esta esteja sendo somente postulada.  
 

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