quinta-feira, 6 de junho de 2013



06/06/2013              

Manifestantes queimam pneus e fecham BR-101 em Natal

 
Policiais rodoviários observam manifestantes ateando fogo em pneus em Natal (Foto: Felipe Gibson)
Policiais rodoviários observam manifestantes
ateando fogo em pneus em Natal
(Foto: Felipe Gibson)
 
Manifestantes da #RevoltadoBusão, contrários ao aumento da passagem de ônibus e que cobram melhorias no sistema de transporte público em Natal, ignoraram a autorização que a polícia tem para usar a força e fecharam totalmente a BR-101, nos dois sentidos, em frente ao shopping Via Direta. Pneus foram queimados e o trânsito está sendo desviado por dentro do conjunto Mirassol.
O inspetor Péricles Santos, da PRF, aguarda uma proposta dos manifestantes e disse esperar "que a situação não piore".

Na tarde desta quinta (6), o juiz federal Magnus Augusto Costa Delgado determinou que as Polícias Rodoviária Federal e Militar do Rio Grande do Norte reforçassem o policiamento. Pela decisão, as polícias estão autorizadas a usar a tropa de choque para evitar que as vias principais ou as vias marginais da BR-101 na entrada de Natal sejam bloqueadas e que o fluxo de veículos seja interrompido.
Na pauta de reivindicações do movimento, consta a revogação do aumento da tarifa de ônibus, o fim da dupla função cobrador/motorista, abertura de um fórum permanente de discussão com o movimento para melhorias no sistema de transporte coletivo da cidade, transparência da divulgação das planilhas de custo do Seturn, volta das linhas 03 e 45 Campus da UFRN e volta da antiga rota das linhas 48 e 66, também passando pelo Campus da UFRN.

Manifestantes conversam com policial rodoviário antes de invadir BR-101 em Natal (Foto: Felipe Gibson)Manifestantes conversam com policial rodoviário






06/06/2013               

Presidente interino do Congresso diz que Barbosa precisa de 'equilíbrio


O deputado André Vargas (centro) durante a promulgação da PEC que cria novos tribunais (Foto: Nilson Bastian / Agência Câmara)
O deputado André Vargas (centro) durante a promulgação da PEC que cria novos tribunais (Foto: Nilson Bastian / Agência Câmara)
 
O presidente em exercício do Congresso, deputado André Vargas (PT-PR), afirmou, após ter promulgado proposta de emenda constitucional (PEC) que cria quatro novos tribunais regionais federais, que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, precisa ter "mais equilíbrio" ao dar declarações.
Barbosa se manifestou publicamente contra a PEC. Ele chegou a afirmar que a votação do texto no Congresso foi feita de maneira “açodada” e que juízes agiram de forma "sorrateira" para conseguir a aprovação da medida.
Who cares [Quem se importa]? Nada a dizer."
Joaquim Barbosa, presidente do STF, sobre a promulgação da PEC
Para André Vargas, apesar da oposição de Barbosa, a promulgação da PEC não vai gerar uma “crise” entre Legislativo e Judiciário.
“Eu não acredito em crise, até porque nós não vamos levar em conta só as declarações do presidente do Supremo até o momento. Ele precisa ter um pouco mais de equilíbrio em relação a suas declarações porque ele fala por um poder. Portanto, entendemos que é o pleno do Supremo que nos interessa”, afirmou Vargas.
O presidente do STF não quis comentar o tema após a sessão da Corte nesta quinta. "Who cares [Quem se importa]? Nada a dizer", respondeu a jornalistas, de longe, ao ser indagado sobre a promulgação da emenda.
O deputado é vice-presidente do Congresso e promulgou a PEC na ausência do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que viajou para o exterior. Mesmo em viagem, Renan divulgou nota explicando as razões pelas quais não fez a promulgação - ele aponta uma possível inconstitucionalidade no texto.
Para o petista, a criação dos novos tribunais vai dar agilidade à Justiça brasileira.
“Quem faz política são os deputados , aqueles que são eleitos pelo povo. Compete ao presidente do Supremo administrar e representar aquele poder. Ele tem suas opiniões, mas o que nos interessa mesmo é a opinião do pleno do Supremo Tribunal Federal, e eu tenho certeza de que o pleno vai entender de que não se trata de um embate político e sim uma ampliação do acesso à Justiça para os brasileiros e brasileiras que clamam por uma Justiça mais ágil e próxima do cidadão”, afirmou Vargas.

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